20.4.05

Minho



rio minho


 O verde estendia-se perante os seus olhos. Campos sinuosos bordejados por latadas, onde aos renques de árvores se enrolam nos troncos, por vezes, a vinha de enforcado.

  Na ramagem das árvores, pássaros emitiam chamamentos para o acasalamento.
Um ar húmido entra-lhe nas narinas trazendo os cheiros dos campos alongados acompanhando as curvas do ribeiro. Por momentos pára a sua montada e perde-se na contemplação daquele vale verdejante. Estava no Minho.

  Ao longe, um cão guarda o seu rebanho contra o ataque dos lobos,


  O gado apascenta junto às ruínas de uma velha fortaleza onde os meus antepassados romanos tinham estado. Cavalgando lentamente revejo os monumentos megalíticos evocando um passado muito longínquo. «Aldeias fantasmas» aparecem no meu caminho, que não são mais do que palhoças com paredes de pedra solta e tecto de colmo, habitadas quando os rigores do Inverno desaparecem. O gado fica no andar térreo (cujo calor aquece a casa) e um piso (cozinha e quartos) é destinado a habitação.

  As batelas, pequenas embarcações, são utilizadas para trabalho nas pesqueiras e açudes das azenhas, na pesca com espinhel (pequenos anzóis presos à mesma linha).


  Acompanho o rio Minho em direcção ao mar. À minha frente uma enorme pradaria cercada de azul, a ilha da Boega, enorme tapete verde, e, junto ao cotovelo de Mate, a ilha dos Amores.

 Por fim Marius70 desce do seu cavalo, entra numa pousada e delicia-se com uma cabidela de lampreia acompanhada com um verde da região.

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