24.4.05

Rumo ao Gerês



 Depois de uma noite bem dormida, Marius70 apercebe-se de um linguarejar diferente do que estava habituado. O falares do Alto Minho é variante do português setentrional, com características galegas.

 «Im piquiena casa, se come munto se o haubéi» ou ainda «Casa quiero canta caiba e binho canto bieba e tierras cantas bieja»., são provérbios que Marius tem dificuldade em compreender pois perdem-se no tempo as raízes destes falares.
O seu cavalo, impaciente, bate com os cascos no chão Está pronto para partir.

 Cerros altaneiros, apresentam-se agora ao olhar deste cavaleiro que nota o casario irregular das aldeias amorenadas, penedias onde a giesta é rainha, pintando de amarelo, os horizontes vastos. Vai rumo ao Gerês.

  As trutas têm no Coura o seu rio de desova, e o vale é um deslumbramento. A caminho de Arcos o rio Vez torna as planuras férteis, viçosos os lameiros e verdejantes os montados, corridos por centos de córregos e de ribeiros. Marius desmonta e do miradouro do alto do monte do Castelo, contempla aquele deslumbrante cenário, onde a paisagem é, a um tempo, vigorosa e subtilmente doce, mas sempre intensa de pitoresco, pintada de cores e inundada de luz. É assim o Minho.

 Na encosta da serra brava, do lado nascente, corre o rio Lima. Vários espigueiros sobressaem num campo comunitário da povoação do Soajo. Povoação milenária, cuja fundação terá ocorrido no século I.



  Chegara em dia de feira iria aproveitar e experimentar a gastronomia típica da região, um cozido à Minhota. Continuaria no dia seguinte a viagem rumo ao Gerês.


1 comentário:

Anónimo disse...

oi! vais faxer, ou já é, um livro??bjs Enviado por filipa* em maio 1, 2005 10:52 PM

:)) Ainda vou fazer. "Estacionei" em Braga há muito tempo e, agora, quando aqui lá chegar ;), terei que continuar a narrativa, através do meu País, atravessar o Atlântico e acabar junto às palmeiras olhando um pôr-de-sol lindo que só África nos pode dar. Obrigado pela tua visita. Bj Enviado por marius70 em maio 1, 2005 11:07 PM