3.3.06

Por Pedras medicinais e relógios de sol



  Marius segue por um magnífico bosque a caminho de Pedras Salgadas. Questiona-se se vale a pena continuar esta caminhada. Começada já há muito tempo ela nunca terá fim. A procura constante dos caminhos a percorrer, o querer mostrar este Portugal de todos, as tradições, os costumes e a vivência deste povo tem os seus custos e o tempo não abunda. Um trabalho solitário. Marius nunca mais vê a velha mulemba do outro lado do Atlântico onde descansará. Querer é poder, vamos lá companheiros desta aventura, vamos continuar a jornada pois tudo vale a pena...



  Conhecida pela sua famosa água, em Pedras Salgadas veranearam os últimos reis de Portugal, especialmente D. Carlos. Como Pedras não são só as termas podemos ir até às Romanas, ver a ponte e os seus mosaicos romanos, a Bornes de Aguiar, ao Penedo Gigante, ao Alto do Minhéu, às ruínas dolméticas do Alvão, ao Castelo de Aguiar e à Padrela. No guia turístico diz que se para se ver as capelas do Senhor do Extremo e o Dolmen do Alto da Povoação tem que se ir de jeep. Espero que se não tiver jeep se possa ir de cavalo, senão… estou feito! Grande ajuda que os guias turísticos nos dão.



  Ribeira de Pena. Ali viveu e casou Camilo Castelo Branco. Camilo foi registado como filho de mãe incógnita, porque o seu pai e a sua avó não queriam que o nome Castelo Branco estivesse envolvido com alguém de tão humilde condição. Com 16 anos enamorou-se, em Ribeira de Pena, de Joaquina Pereira de França com quem casou. Entre amores e desamores, até uma freira, Isabel Mourão, não escapou a este D. Juan à portuguesa. Depois, a mulher fatal, Ana Plácido.



  Ribeira de Pena teve foral em 1331. O Templo dedicado a Nossa Senhora da Guia, com um agradável miradouro, e a Igreja Paroquial de S. Salvador, mandada edificar por um emigrante que prometera ali fazer «uma igreja como outra não houvesse da Ponte de Caves para cima e da terra do Alvão para baixo», nada humilde este nosso emigrante.



  Os Solares, a rocha esculpida de Lamelas, a pedra cavalar de Viela, castros e dólmenes, os relógios de sol e a paisagem que vai do verde da vegetação até às águas calmas do rio Tâmega, sem esquecer o artesanato na povoação de Limões de tapetes e colchas de linho, fazem desta zona um roteiro de aprazível passeio para o turista que a visita.

3 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite, grande Marius...muito nos ensinas tu nesta viagem até Vila real. Fazes bem porque o meu mundo é muito limitado...diques, folhas, arbustros...muito interessante a tua área de interesse (passo o pleonasmo). Abraço. Enviado por Castor em março 11, 2006 10:50 PM

Nunca lá fui...Boa ideia para um óptimo fim de semana. Enviado por Ahlka em julho 11, 2006 11:08 PM

Anónimo disse...

Sou Brasileira, neta de portugueses
e a pucos dias descobri que o lugar onde meu avô morava antes de vir para o Brasil se chama "Pedras Salgadas" com suas fotos senti-me muito feliz e perto de alguém a quem nunca conheci. Espero um dia poder visitar este lindo lugar...

Anónimo disse...

Ah!!! Esqueci de dizer o meu nome me chamo: Maria Cristina - Niterói - Rio de Janeiro - Brasil.
Meu e-mail: mcris@nti.uff.br, se alguém quiser me mandar mais algumas fotos ou história do lugar... Obrigada!!