tag:blogger.com,1999:blog-20727183693999187882024-03-13T20:22:32.716+00:00Rumo ao Sul<center><b>Viagens de Norte a Sul de Portugal até à velha Mulemba que me espera em Luanda, chegarei lá um dia!</b></center>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-78280858055849333132018-12-07T18:58:00.000+00:002018-12-10T18:58:15.703+00:00Famões - Moinho da Laureana Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes."<br />
<br />
Goethe<br />
<br />
Em demanda por terras de “Ide vê-las” (Odivelas)<br />
<br />
Famões - Moinho da Laureana<br />
<br />
Morador desde 1979 em Famões, conheci este moinho situado no outeiro Gertrudes da Velha (edificado no segundo quartel do séc. XVIII), ainda ele era uma ruína. Tinha cumprido a sua função e há muito que estava ao abandono. Tive o cuidado de, na altura, o ver por dentro e aquilo era só lixo e parte da sua estrutura estava derrubada.<br />
<br />
Curiosamente a sua recuperação e o ser hoje ex-libris de Famões (elevada a vila em 2001), deve-se às eleições para a Junta de Freguesia. Um determinado partido mandou recuperar o moinho, alindou a zona, tornou o espaço num lugar aprazível e de lazer e... perdeu as eleições.<br />
<br />
Inicialmente estava pensado para ser um local de turismo rural, mas a vida dá voltas que as varas do moinho já não dão, e hoje é um núcleo museológico.<br />
<br />
Quem passa por Famões e dá a volta à rotunda para a Pontinha ou Odivelas, pouco lhe diz este moinho. A vida stressante não se compadece com uma paragem e um ver com olhos de ver, esta maravilha, mas ele, o moinho, está lá para quem caminha e queira ver, porque não basta só caminhar. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-b-XlAC3SO30/XA63H45YipI/AAAAAAAAF5w/ko2U4ebbNmIqJiyd4wYyUFhLzQFRUPIywCLcBGAs/s1600/P1110410_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-b-XlAC3SO30/XA63H45YipI/AAAAAAAAF5w/ko2U4ebbNmIqJiyd4wYyUFhLzQFRUPIywCLcBGAs/s640/P1110410_1.jpg" width="460" data-original-width="1600" data-original-height="1205" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-75795517246086795332010-04-08T04:57:00.019+01:002018-01-16T06:02:40.793+00:00Torres NovasDe Almourol segue Marius70 em direção a Torres Novas banhada pelo Rio Almonda. Como seria de esperar, esta cidade foi outrora ocupada pelos romanos conforme vestígios arqueológicos encontrados.<br />
<br />
Depois de tomada e derrotada várias vezes por quem lá andou, D. Afonso filho de D. Sancho I acabou de uma vez com este saltitar e tomou definitivamente a fortaleza aos muçulmanos.<br />
<br />
Marius vai até ao centro da cidade. Cidade pacata, vai deambulando por ali e repara num azulejo no lanço que dá acesso ao Castelo de Torres Novas. Representa uma batalha e tem como base uma lenda, a lenda de Gil Paes.<br />
<br />
<center><img src="https://c1.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/na202c268/2142103_vtRdz.jpeg"></center><br />
Segundo a lenda local, à época da invasão castelhana de 1372, o Alcaide-Mor de Torres Novas, Gil Paes teve um de seus filhos aprisionado quando da tomada da vila pelo inimigo. Cercado o castelo, os castelhanos exigiram a sua entrega em troca do filho do Alcaide. Diante da recusa do magistrado em entregar a praça que lhe foi confiada, assistiu à execução do filho diante das portas do castelo (pelos vistos esta lenda é muito comum pois em <a href="http://rumoaosul-marius70.blogspot.com/2005/06/por-caminhos-minhotos.html" target="_blank">Faria</a> seria um pai, D. Nuno Gonçalves, refém dos castelhanos, a ser executado perante os olhos do filho, D. Gonçalo, quando D. Nuno exortou o filho a defender o Castelo a custo da própria vida amaldiçoando-o caso assim não fizesse).<br />
<br />
Bem marius gostaria de visitar o Castelo mas este estava em obras de restauro, que devido ao terramoto de 1755 ficou muito danificado e depois com a invasão das forças de Napoleão e de um gatuno francês chamado Massena que tudo roubou e destruiu, mais danificado ficou.<br />
<br />
<center><img src="https://c10.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/n0401f6cb/2142102_DAM5t.jpeg"></center><br />
Torres Novas tem locais de interesse a visitar, além do Parque Jurássico na Pedreira do Galinha, a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, as Grutas da Lapa, várias Igrejas e como vistas admiráveis a Serra de Aires e Candeeiros.<br />
<br />
Na gastronomia há a referir as sopas e nas entradas pontificam o queijo de ovelha, a "morcela de arroz" e as "couves com feijão". Nos pratos principais, Torres Novas apresenta as "Sopas de Fressura", o "Requentado com Bacalhau Assado ou Petinga Frita", as "Migas à Pescador", o Cabrito Assado e pratos variados de caça e pesca. <br />
As sobremesas também têm destaque o "Bolo de Cabeça", as "Merendeiras", o "Doce de Amêndoa", os "Pastéis de Feijão" e os Figos. E como quem conduz não bebe e o cavalo de marius não sabe andar sozinho não bebi a “Aguardente de Figo” uma especialidade, fiquei-me pelo licor que também se recomenda.<br />
<br />
<br />
<strong><br />
27 Julho 2010<br />
<br />
Torres Novas - II Parte </strong><br />
<br />
Por sugestão de António Duarte Rodrigues (que comentou neste tema) regressei hoje a Torres Novas com a finalidade de tirar fotos ao Castelo, visitar demoradamente a cidade, fazer uma visita às <strong>Ruínas Romanas de Cardílio</strong> e uma possível visita às grutas da Lapa. Esta última visita fica para uma próxima oportunidade pois andar com temperaturas superiores a 40º não é o ideal, além de ter que se pedir à Junta de Freguesia da Lapa para a poder fazer.<br />
<br />
O Castelo é lindo por dentro, dos mais bem cuidados que já vi e já visitei muitos castelos por este país afora. As ameias bem cuidadas, um jardim convidativo para um repouso e vistas que se estendem pelas serras que delimitam a cidade.<br />
<br />
Um passeio pelos bonitos jardins exteriores, mesmo ao lado do Rio Almonda (está com uma cor que não tem nada a ver com o azulejo que fala de água cristalina), a nora, a ponte romana e o almoço no "Restaurante Mário Alturas" (passe a publicidade), com ar condicionado, cá fora estava uma canícula que nem os patos saíam da sombra, foi bom o regresso a esta cidade. Pena que as Igrejas estivessem fechadas (parece que se tem que pedir à Misericórdia, às Juntas para as poder visitar e até a um nº de telemóvel, está tudo isto referido no panfleto turístico <em>Inspir<strong>a</strong>descoberta</em> fornecido pelo <em>Posto de Turismo</em> de Torres Novas).<br />
<br />
<center><img src="https://c5.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/n420480a8/6832853_6Y5Ds.jpeg"></center><br />
Marius quis também visitar o Museu Municipal Carlos dos Reis onde iria encontrar três grandes núcleos museológicos - arte sacra, pintura (Malhoa), arqueologia, algumas peças oriundas da villa romana de Cardílio e uma adaga (punhal) da Idade do Bronze, considerada das melhores do país, mas o mesmo encontrava-se fechado devido a uma reunião que decorria no Museu mas noutro local, embora um letreiro na porta dissesse que a demora não era muita. Depois de algumas voltas dadas dentro da cidade e como sempre que por lá passava continuava fechado, marius resolveu ir embora pois a pedra romana pode "cozer" ao sol, mas mais de 40º é muito grau mesmo para marius70.<br />
<br />
Aqui ficam as fotos e o meu muito Obrigado ao <strong>António Rodrigues</strong> pelas sugestões dadas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RVTmM7ItJdI/Wl2VR5Jd-OI/AAAAAAAAE74/c4eEgnhJuXM6jPpmoqhBkxnxnGPUFoFrgCLcBGAs/s1600/costa%2Btorres%2B006-ANIMATION.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-RVTmM7ItJdI/Wl2VR5Jd-OI/AAAAAAAAE74/c4eEgnhJuXM6jPpmoqhBkxnxnGPUFoFrgCLcBGAs/s400/costa%2Btorres%2B006-ANIMATION.gif" width="400" height="400" data-original-width="480" data-original-height="480" /></a></div><br />
<em>Fotos: Marius70</em> Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-25350050481653081652010-02-22T05:41:00.013+00:002018-01-16T06:17:35.559+00:00O Castelo de Almourol<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/tprJXwp1fRU" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Marius dirige-se para aquele Castelo que o fascina. Como referiu no tema anterior, o que levara à sua construção no meio do rio Tejo? Para que fim e qual a sua utilidade, já que seria presa fácil de quem o quisesse tomar? Era só cercá-lo e aguardar que os seus habitantes se rendessem pela fome.<br />
<br />
<center><img src="http://c3.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/nbc02b364/2142095_zb16G.jpeg" ></center><br />
O Castelo de Almourol já em 1129 existia, aquando da conquista da região por D. Afonso Henriques.<br />
<br />
Foi entregue aos Templários até a sua expulsão de Portugal. Estudos feitos, já os romanos se tinham por lá fortificados no século I A.C., depois vieram os alanos, visigodos e mouros e o Castelo, todos estes povos viu passar.<br />
<br />
Pelas pesquisas que Marius fez, o Castelo teria grande influência no comércio náutico entre Lisboa e outros locais. Talvez um sistema de controlo alfandegário dos abastecimentos de e para Lisboa, na época já um grande porto marítimo, embora a capital fosse Coimbra.<br />
<br />
O Castelo de Almourol também tem as suas lendas e esta tem muito a ver como os cristãos conquistaram o Castelo.<br />
<br />
<strong><font face="Monotype Corsiva" size="4">Lenda de Almorolon</font></strong><br />
<br />
<em>No longínquo séc. XII, pouco antes da chegada de D. Afonso Henriques e seus cavaleiros ao Tejo, o Castelo de Almourol tinha como senhor um emir árabe, de seu nome Almorolon. Terá sido por causa do seu nobre gesto que o castelo ficou com o nome que tem. <br />
<br />
O emir habitava no castelo com a sua filha, uma formosa donzela, que enchia de beleza não só o castelo como toda a paisagem à sua volta. <br />
<br />
Mas um dia, tão formosa dama apaixonou-se por um jovem cavaleiro cristão, e cega pela paixão, ensinou-lhe como poderia entrar no castelo, durante a noite, para repetidas visitas amorosas. <br />
<br />
Numa dessas noites, o jovem cristão, não foi sozinho, e abriu as portas do castelo para um exército invadir esse bastião dos mouros. <br />
<br />
Foi de forma traiçoeira que o castelo foi conquistado. <br />
<br />
Mas no final, o amor de pai foi mais forte e perdoou a inconsciência de sua filha. Preferindo a morte ao cativeiro, Almorolon e sua filha, lançaram-se abraçados das muralhas do castelo ao rio. </em><br />
<br />
Marius, vai até junto ao rio. O barqueiro anda por ali tentando levar alguém para dar uma vista de olhos ao Castelo. Mas este estava em obras de restauração e não se podia sentir de perto a história emanada das suas muralhas. Olha para aquele bocado de terra granítica onde sobressai um Castelo dos mais lindos que já viu durante o seu percurso por terras de Portugal . <br />
<br />
O rio Tejo bonançoso espelhava toda aquela magnitude no seu leito. O murmúrio das suas águas faziam com que se olhasse para aquelas torres, filtradas pela luz do sol no seu ocaso. <br />
<br />
Marius se tivesse que ficar ali ouviria por certo, de noite, a moura encantada, chamando pelo seu cavaleiro amado.<br />
<br />
Mas teria que partir, outras terras o aguardavam, olhando para o Castelo que tanto o fascinou, pegou no seu cavalo e partiu rumo a Torres Novas.<br />
<br />
<font size=0,1><em>Foto: Marius70 Fontes consultadas: <a href="http://www.castelodealmourol.com/" target="_blank">Castelo de Almourol</a></em></font>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-50057848334144655422010-01-09T03:36:00.015+00:002018-01-15T03:44:54.089+00:00Tancos e o Tejo<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/X7N8dVXxcGk" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Depois de saído de Tomar, Marius70, vai a caminho de um castelo que há muito desejava ver, o Castelo de Almourol. Fazia-lhe confusão o facto de haver um Castelo no meio de um rio. Qual a finalidade, já que não estava a ver que, para defender uma determinada região, tivesse que se fazer um castelo num local que seria de difícil defesa às populações locais.<br />
<br />
A seu lado o rio Tejo corria. Uma Igreja sobressaía na paisagem, uma subida íngreme e eis que Marius se encontra em Tancos junto à sua Igreja Matriz.<br />
<br />
<center><img src="http://c5.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/n350105d4/2142077_fJZLn.jpeg" ></center><br />
<br />
Foi mandada construir no século XVI, pensa-se que por cima de uma outra edificação muito mais antiga, é dedicado a N.S da Conceição. Como estava fechada, Marius aproveitou para ver dali, o Tejo e uma outra povoação do outro lado, a aldeia do Arrepiado.<br />
<br />
<center><img src="http://c8.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/nd002de91/2142078_CUlO3.jpeg" ></center><br />
<br />
Tancos foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. É conhecido pelo seu Polígono Militar, certo é que se há militares na zona, Marius não viu nenhum.<br />
<br />
Não há provas da origem do nome desta freguesia de V. N. Barquinha. Pensa-se que Tancos teria sido fundada por cavaleiros francesas que vieram ajudar D. Afonso Henriques na luta contra os Mouros, e que o nome Tancos seja uma deturpação de Francos (ou franceses) mas, segundo outras versões, o nome deriva de Tabucos, povos da antiga Lusitânia, que ali se estabeleceram.<br />
<br />
Como a povoação encontrava-se "adormecida", um último olhar em redor e lá divisou o Castelo que tanto o fascinava, o Castelo de Almourol.<br />
<br />
<center><img src="http://c4.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/nc6026df2/2142080_jvW7Y.jpeg" ></center><br />
<br />
<font size=0,1><em>Fotos: Marius70<br />
Fontes consultadas: <br />
<a href="http://www.tancos-civil.com/" target="_blank">Tancos Civil</a><br />
<a href="http://www.geocaching.com/" target="_blank">Geocaching</a><br />
</em></font>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-33054275378180539262009-10-13T06:37:00.023+01:002018-01-16T06:47:54.013+00:00Tomar - A cidade dos Templários<iframe src="https://rd.videos.sapo.mz/playhtml?file=http://rd.videos.sapo.mz/3dJw0BpulzwBWmUus4v0/mov/1" frameborder="0" scrolling="no" width="150" height="50" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Já não era a primeira vez que Marius70 visitava a cidade dos Templários. Já ali tinha ido ver a “Festa dos Tabuleiros” há muitos anos atrás e já ali voltara em dia de temporal, onde o Rio Nabão corria “furioso” nas suas margens arrastando o que a Natureza e o povo deita para o seu leito. Depois queixam-se dos rios galgarem as margens quando tudo está entupido pelo desleixo e porcarias, desde pneus, lixo doméstico e entulho de obras que para lá mandam.<br />
<br />
Mas desta vez Tomar estava “linda”. Tinha chegado a hora de arrumar o transporte, mas a cidade estava em obras e o que era verde depressa se tornou branquinho, devido ao pó levantado pelas máquinas em movimento. Mas o cavalo de marius já está habituado e assim ali ficou.<br />
<br />
Depois de arranjado alojamento o habitual passeio pela cidade.<br />
<br />
<strong>Tomar</strong> (origem árabe do nome Thomar: “Tamaramá”, doces águas) foi conquistada ao Mouros por D. Afonso Henriques em 1147. Foi doada por este monarca aos Templários em 1159. D Gualdim Pais concedeu-lhe foral em 1162.<br />
<br />
Depois dos Templários terem sido expulsos em 1312 por decisão do Papa João XXII que queria esta Ordem fora da Europa, foi fundada a Ordem de Militar de Cristo. No Castelo de Tomar viveu o Infante D. Henrique e foi elevada a cidade em 1844 na sequência da visita da Rainha D. Maria II.<br />
<br />
Marius deambulou pelos seus jardins, atravessou a ponte Romana (Os romanos fundaram a cidade de <em>Sellium</em> cuja planta ortogonal decorre da perpendicularidade dos característicos eixos <em>cardus</em> e <em>decumanus</em> que determinavam a organização urbanística das cidades romanas), foi até ao Castelo... <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-aRDp_xtN8eI/Wl2epmf6YXI/AAAAAAAAE80/R2NiOAthDhkG3tz6SyzwZTxdVCS22L-NwCLcBGAs/s1600/2142847_Q9cLj.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-aRDp_xtN8eI/Wl2epmf6YXI/AAAAAAAAE80/R2NiOAthDhkG3tz6SyzwZTxdVCS22L-NwCLcBGAs/s400/2142847_Q9cLj.jpeg" width="400" height="300" data-original-width="580" data-original-height="435" /></a></div><br />
... ao Convento de Cristo. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-R4A7NepmK_I/Wl2e57nf98I/AAAAAAAAE84/xac2iz70VsYJO7oc55DlT-fRqHXenDUzACLcBGAs/s1600/2142884_8sQ6F.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-R4A7NepmK_I/Wl2e57nf98I/AAAAAAAAE84/xac2iz70VsYJO7oc55DlT-fRqHXenDUzACLcBGAs/s400/2142884_8sQ6F.jpeg" width="300" height="400" data-original-width="326" data-original-height="435" /></a></div><br />
Na residencial onde esteve, na sala, um tabuleiro dava as boas-vindas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-sin-4S_F69Y/Wl2fAyCW6NI/AAAAAAAAE88/4uWpJEe1id4YrJbpg2mSEzmFqtBYXV-lACLcBGAs/s1600/2142850_oGHVK.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-sin-4S_F69Y/Wl2fAyCW6NI/AAAAAAAAE88/4uWpJEe1id4YrJbpg2mSEzmFqtBYXV-lACLcBGAs/s400/2142850_oGHVK.jpeg" width="300" height="400" data-original-width="326" data-original-height="435" /></a></div><br />
Há que referir aqui uma situação que aconteceu e que é de realçar. Compradas umas caixas de doces com amêndoa numa Pastelaria em Tomar, chegados a Lisboa verificou-se que os bolos por dentro estavam bolorentos. Feito um telefonema para a Pastelaria, logo os responsáveis de imediato resolveram a situação. No dia seguinte, o carteiro bate à porta com caixas de doces enviados por essa Pastelaria.<br />
<br />
Os meus agradecimentos e Parabéns à Pastelaria "Estrelas de Tomar" pela atitude.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xdjm_cVMUg8/Wl2bfP9vGYI/AAAAAAAAE8g/hRlJoxBLLHEJe8Ef9JxGL8JIWvQuJdM7wCLcBGAs/s1600/Julho2008%2B123-ANIMATION.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-xdjm_cVMUg8/Wl2bfP9vGYI/AAAAAAAAE8g/hRlJoxBLLHEJe8Ef9JxGL8JIWvQuJdM7wCLcBGAs/s400/Julho2008%2B123-ANIMATION.gif" width="348" height="400" data-original-width="890" data-original-height="1024" /></a></div><br />
<em>Pelos meados do século VII, aqui houve conventos de freiras e frades, datando dessa época o episódio visigótico e lendário do martírio de Santa Iria.</em> <center><br />
<strong>A lenda de Santa Iria</strong></center><br />
Numa quinta dos arredores da cidade de Nabância, viviam Hermegido e Eugénia, ele descendente de uma família nobre goda, ela representante de uma opulenta gens romana. Tiveram uma filha de nome Iria, Irene ou Ireia, tão rica em dotes físicos como morais, cuja educação fora confiada a suas tias paternas, Casta e Júlia, monjas do convento beneditino de Santa Clara. <br />
Quando a jovem atingiu a adolescência, Célio, o abade beneditino, seu tio materno, confiou a sua educação ao monge Remígio que considerava digno de tão delicada missão. <br />
Iria cedo reuniu a simpatia das religiosas e das pessoas da povoação, em especial dos moços e fidalgos, que disputavam entre si as virtudes da noviça, entre os quais se destacava o jovem Britaldo que, rendido a tanta beleza, se apaixonou loucamente. Esta, por que tencionava dedicar a vida ao serviço de Deus, sempre repeliu as suas propostas amorosas. <br />
Britaldo, louco de amor, adoeceu. Iria, movida pela caridade cristã, consolou-o e convenceu-o da impossibilidade do seu casamento, pois fizera voto de virgindade. <br />
Dos amores de Britaldo teve conhecimentoo monge Remígio, a quem a beleza da donzela também lhe não era indiferente. Louco de ciúmes, o monge fez com que Iria tomasse uma tisana embruxada, provocando-lhe sinais de gravidez. Britaldo, julgando-se ludibriado encarregou um seu subordinado de matar Iria. <br />
E assim, a 20 de Outubro de 653, quando Iria rezava devotamente as suas orações numa capelinha junto ao rio Nabão,Banaão, o vil sicário, enterrou-lhe no peito um punhal, lançando o seu corpo às águas. <br />
O corpo de Iria, segundo reza a lenda foi indo rio abaixo, sendo repelido na Barquinha, afastado da Chamusca, indo parar finalmente em Scalabis, onde milagrosamente a envolveu um sepulcro de mármore. <br />
A partir daí Scalabis tomou o nome da Santa Virgem e Mártir, Sant'Irene, hoje Santarém. <br />
<br />
<em>P.S. - A Feira de Santa Iria decorre em Tomar de 16 a 25 Outubro de 2009. <br />
<br />
Programa das Festas: - Divertimentos - Venda ambulante - Animação na Várzea Grande - Tasquinhas no mercado municipal - Feira das Passas na Praça da República. <br />
No dia 20, dia de Santa Iria, realiza-se a partir das 10 horas a habitual procissão com as crianças das escolas desde a igreja de Santa Maria dos Olivais até à ponte velha. (Informação fornecida por F.R.. Obrigado!)</em> <br />
<br />
À partida, um olhar sobre a cidade, marius espera de novo lá voltar mas sem o pó das obras no ar, e parte a caminho do Castelo de Almourol. <br />
<br />
<font size=0,1><em>Fotos: Marius70 <br />
<br />
Fontes consultadas: <a href="http://www.cm-tomar.pt/" target="_blank">Câmara Municipal de Tomar</a> <a href="http://www.prof2000.pt/" target="_blank">DREC</a> </em></font>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-52399962164291730032009-09-02T05:16:00.020+01:002018-01-16T07:05:16.237+00:00Penela<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/3N_I6Sd4zYk" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Marius admira o verde desta zona do país. A paz e o sossego acompanhou-o através de uma estrada onde parecia que não havia mais ninguém. Pouco depois avista um Castelo erguido sobre um penhasco, tinha chegado a Penela (a designação poderá derivar do étimo celta de <em>penna</em> - que significa pequeno penhasco).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-G1bi4Jiw2MU/Wl2j4FJCZ-I/AAAAAAAAE9g/m1bBKwo8Hscz-m4RbA55ZTe3aN3txHb-gCLcBGAs/s1600/2142058_kkKzy.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-G1bi4Jiw2MU/Wl2j4FJCZ-I/AAAAAAAAE9g/m1bBKwo8Hscz-m4RbA55ZTe3aN3txHb-gCLcBGAs/s400/2142058_kkKzy.jpeg" width="400" height="300" data-original-width="580" data-original-height="435" /></a></div><br />
Este castelo é, depois do de Montemor-o-Velho, o mais amplo e forte que resta da linha defensiva do Mondego. Já os romanos tinham em conta a importância estratégica deste outeiro onde vigiavam a estrada Mérida-Conímbriga-Braga. Depois da ocupação árabe em 716, foi o Conde D. Sesnando, primeiro governador de Coimbra, que mandou erigir no local o Castelo depois da reconquista em 1064 pelas tropas de Fernando Magno. Como através dos tempos o Castelo deixou de ser prestável nada melhor que o povo retirar as pedras para construir as suas habitações ou o curral para os porcos e assim se foi a Torre de Menagem.<br />
<br />
Felizmente em 1940 o Castelo foi restaurado, retirado todo o casario encostado às muralhas e em 1992, e já a cargo do IPPAR procedeu-se à pavimentação dos acessos e da circulação interior do castelo, à limpeza, recuperação e consolidação das muralhas.<br />
<br />
Marius já viu Castelos em pior estado, e é sempre grato saber que algo é feito para preservar a nossa identidade nacional e assim o IPPAR está de parabéns.<br />
<br />
Todas os Castelos têm a sua "Porta da Traição", quase sempre virada para os campos para rápida saída quando a ocupação do Castelo se tornava iminente. Muitas vezes era por aí que entravam os sitiantes e, segundo a lenda, foi por essa porta que entrou o Infante D. Afonso Henriques e tomou o Castelo aos mouros. É que os mouros saíram para dar de beber ao gado, D. Afonso, que se encontrava emboscado, agradeceu tamanha oferta e enquanto o gado saía D. Afonso entrava.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-jyBer7MuJQc/Wl2kG-IAIGI/AAAAAAAAE9k/h545m0oQuUAee-KY7mb59He1EFwUuU7NQCLcBGAs/s1600/2142054_jp8RC.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-jyBer7MuJQc/Wl2kG-IAIGI/AAAAAAAAE9k/h545m0oQuUAee-KY7mb59He1EFwUuU7NQCLcBGAs/s400/2142054_jp8RC.jpeg" width="300" height="400" data-original-width="326" data-original-height="435" /></a></div><br />
Foi em Penela que foi degolado o primo de Dª Leonor Teles o alcaide D. João Afonso Telo, na crise 1383/85, por ter tomado o partido de Dona Beatriz, mulher do rei de Castela, com pretensões ao trono português. O alcaide saiu a cavalo para fazer a cobrança de alimentos, caiu e nessa altura foi aproveitado para a sua degola. Penela passou-se para as hostes do Mestre de Avis.<br />
<br />
Das suas muralhas marius observa a paisagem envolvente e satisfeito pelo que lhe foi dado a observar, pega no seu cavalo lusitano e vai a caminho de Tomar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-p-ymubnvPIw/Wl2iwAcDTHI/AAAAAAAAE9Q/-BLSdCQgd3gl1BN8k83Fwbx13l5TNPcQQCLcBGAs/s1600/Julho2008%2B108-ANIMATION.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-p-ymubnvPIw/Wl2iwAcDTHI/AAAAAAAAE9Q/-BLSdCQgd3gl1BN8k83Fwbx13l5TNPcQQCLcBGAs/s400/Julho2008%2B108-ANIMATION.gif" width="400" height="400" data-original-width="1024" data-original-height="1024" /></a></div><br />
<em>P.S. - De 4 a 6 de Setembro na Vila de Espinhal irá decorrer a XX Feira do Mel. Uma oportunidade privilegiada para provar o mel produzido na região e alguns dos seus doces derivados, designadamente, os licores e aguardentes, o vinagre, as velas de cera de abelha ou as compotas e doces.</em><br />
<br />
<font size=0,1><em>Fotos: Marius70<br />
Fontes consultadas: «À Descoberta de Portugal» - Selecções Readers Digest<br />
<br />
<a href="http://www.portugalnotavel.com/castelo-de-penela-monumento-nacional/" target="_blank">Portugal Notável</a><br />
<br />
<a href="http://www.cm-penela.pt/turismo/index.php" target="_blank">Câmara Municipal de Penela</a><br />
</em></font>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-12850076141726022042009-04-02T13:32:00.001+01:002018-01-15T04:04:52.951+00:00Castelo de Germanelo<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/_zxgNzS7NRA" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify> Marius70 depois de Coimbra e da visita às ruínas de Conímbriga, resolve ir até Penela, onde nunca tinha estado.<br />
<br />
Por caminhos arborizados, marius dirige o seu cavalo lentamente admirando a paisagem. Algo se recorta no alto da uma colina, o que seria aquilo? Interroga-se!!! Conforme se vai aproximando verifica que se trata de ruínas, ruínas de um castelo, ruínas de um povo arruinado, o Castelo de Germanelo.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/58H5S1SzVhluOe5Z2q2y/" width="600"></center><br />
<br />
Sobe lentamente a encosta. A meio deixa a sua montada já cansada de tantos trilhos percorridos, e segue por caminhos tortuosos até ao cimo da colina.<br />
<br />
Dominando sobre o vale do Rio Rabaçal, este Castelo tinha a função da defesa da outrora capital da região, das frequentes investidas dos Mouros.<br />
<br />
Pensa-se que este sítio foi um castro romanizado o que é lógico tal a presença romana na área.<br />
<br />
D. Afonso Henriques criou o concelho de Germanelo e deu-lhe carta de foral em 1142.<br />
<br />
A história do castelo liga-se a uma antiga lenda, segundo a qual havia dois irmãos ("germanelos" = gémeos) gigantes, ferreiros, que viviam cada um no seu monte, um no Melo, a Norte, e outro no Gerumelo, a Sul. Como só dispunham de um único martelo, compartilhavam-no entre si. Certo dia, o Gerumelo, de mau-humor, atirou o martelo com tanta força, que este perdeu o seu cabo no ar. A cabeça de ferro caiu no sopé do monte Melo, onde surgiu uma fonte de águas férreas de onde surgiu a povoação de Fartosa (em 1160 dizia-se Ferratosa e em 1420 já era designada por Ferretosa); o cabo, que era de zambujo, foi espetar-se numa terra a dois quilómetros de distância, fazendo nascer um zambujo, dando origem à povoação de Zambujal.<br />
<br />
Marius subiu até ao Castelo e ficou mais uma vez decepcionado. Aquilo não é um Castelo, aquilo é uma fachada de castelo que se aguenta em pé por razões que a própria razão desconhece. <br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/7QS3zKLWvS7QzcMm42et/" width="600"></center><br />
<br />
O interior da muralha.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/IHjB6UdTfWQWjTyvOqz8/" width="600"></center><br />
<br />
A muralha vista de dentro. Nota-se um passadiço em madeira.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/sIBUFlZorJ5dSPCetSDs/" width="600"></center><br />
<br />
Nada mais existe senão matagal. Marius desce a colina, um último olhar sobre o outrora castelo (deve ser o último olhar) e segue a caminho de Penela.<br />
<br />
<em><font size=2>Fonte: Wikipedia<br />
<br />
Fotos: Marius70</em></font><br />
<br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-35953822298135397922009-02-06T05:07:00.006+00:002018-01-18T04:24:17.803+00:00De Volta a Coimbra<center><embed src="http://www.dailymotion.com/swf/k4yjtKu3M8UlCcWkvT&autoPlay=0&related=0&canvas=medium" type="application/x-shockwave-flash" width="480" height="341" allowFullScreen="true" allowScriptAccess="always"></embed></center><br />
<br />
<strong>Julho de 2008</strong><br />
<br />
<div align=justify> Marius depois de sair de Nazaré tinha como destino Figueira da Foz. Mas um percalço na “montada” fez com que ficasse retido por algumas horas para reparação na Zona Industrial da Gala. <br />
<br />
Atravessada a ponte Edgar Cardoso na Figueira eis a caminho de Coimbra. Um jantar com gente amiga estava agendado para esse dia.<br />
<br />
De Coimbra já aqui falei nestas minhas viagens (<a href="http://rumoaosul-marius70.blogspot.com/2007/06/coimbra-tem-mais-encanto.html" target="_blank">Aqui</a>). A cidade dos estudantes é sempre uma cidade a visitar, embora me veja sempre com problemas devido à falta de sinalização que nos referencie os locais correctamente. Para ir até à Igreja de S. António de Olivais, ponto de encontro, na freguesia do mesmo nome, marius viu-se e desejou-se para lá chegar. Valeu perguntar aqui e ali pois se fosse por sinalização que não existe ainda hoje estaria à procura.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/dWOHuV9pDn4T6rZ7BuHP/" width="500"></center><br />
<br />
O acesso à Igreja faz-se por esta escadaria com seis capelinhas laterais com figuras de barro, representando a vida de Cristo. Um Bom Jesus de Braga em ponto pequeno.<br />
<br />
<br />
Mais uma noite passada num Hotel na Avª Emidio Navarro sem hipótese de se dormir mais um pouco pois logo de manhã a luz do dia entra a jorros pelo quarto adentro. Deve ser por falta de dinheiro que os Hotéis não têm estores e assim os visitantes têm que acordar cedo mesmo que não o queiram.<br />
<br />
Uma visita pela cidade. Voltar a ver o Mondego. A ponte e a baixa toda engalanada. O Mosteiro, os jardins, as velhas ruas, as Igrejas, o reboliço de uma cidade que dá sempre vontade de lá voltar. Mas tenho que arranjar alternativa, talvez um GPS, pois na saída de Coimbra rumo a novas paragens tive que voltar para trás pois o meu destino ficava em sentido contrário àquele que ia. Se não encontrasse um polícia de trânsito, que me indicou o caminho correcto, talvez fosse a caminho do Sameiro sem o querer.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-K2l_2xbyBSM/WmAhZDC6DuI/AAAAAAAAE_Y/Byp8Svi62Og_0zdiIDPq9dCoXHCasrf9ACLcBGAs/s1600/Julho2008%2B052-ANIMATION.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-K2l_2xbyBSM/WmAhZDC6DuI/AAAAAAAAE_Y/Byp8Svi62Og_0zdiIDPq9dCoXHCasrf9ACLcBGAs/s400/Julho2008%2B052-ANIMATION.gif" width="400" height="400" data-original-width="1024" data-original-height="1024" /></a></div><br />
Marius foi visitar, a seguir, as Ruínas Romanas de Conímbriga. Essa visita está documentada no meu "Império Romano", <a href="http://imperioromano-marius70.blogspot.com/2008/07/conmbriga.html" target="_blank">Aqui</a><br />
<br />
<font size=0,1><em>Fotos: Marius70<br />
<br />
Vídeo: Autor desconhecido</em></font><br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-21893188922624489302009-01-04T22:44:00.008+00:002018-01-16T05:43:42.275+00:00Nazaré<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/d4fe5dvMH_s" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify> <em>Uma das situações que irrita sobremaneira Marius70, é o facto dos sites das Câmaras Municipais não divulgarem as músicas do folclore das suas regiões. Com algumas excepções como o do Municipio da Póvoa de Varzim, terra onde nasci e isso é de louvar, é de bradar aos céus o facto de tanto o site do Munícipio de Peniche como o de Nazaré não terem músicas acopladas que são como referências para quem quer visitar esses locais e queira conhecer os seus trajes e o seu folclore. Procurei vezes sem fim o «Vira da Nazaré», uma música que conhecemos desde miúdos mas nada encontrei. Valeu-me o facto de ter um LP do Júlio Pereira, «Cavaquinho» e ter retirado dele a música que estão a ouvir «Não Vás ao Mar Tóino» que é da Nazaré também (na minha pesquisa encontrei esta mesma música como sendo da Beira-Baixa, não sabia que na Beira-Baixa também existia mar, estamos sempre a aprender). Se alguém dos Municípios lê estes meus artigos que não são mais que viagens minhas e ao mesmo tempo de divulgação das terras por onde Marius70 passa, faça o favor de colocar lá músicas do folclore e não só as fitas que o Presidente da Câmara corta. É que isto de beija-mão já lá vai. Divulguem o que de bom se faz para o bem da sua região mas também a sua raiz cultural das danças e cantares que atravessaram gerações. Isso sim é Portugal, o resto é cimento!</em><br />
<br />
<strong>Julho 2008</strong><br />
<br />
Mais uma vez Marius70 vai até Nazaré. Várias corridas já ali tinha feito. Ainda no ano anterior tinha ali estado a correr a sua meia-maratona. O mar estava bravio e a espuma desfazia à nossa passagem na Avenida a caminho da Meta. Mas desta vez o sol brilhava e as Marchas desfilavam na Avenida e faziam a sua exibição na Rua Mouzinho de Albuquerque junto aos estabelecimentos de Restauração.<br />
<br />
De perna grossa e bem feita, as nazarenas com os seus trajes garridos, com as mãos nas ancas davam um ar festivo e de folia a esta simpática vila cheia de veraneantes. <br />
<br />
<center><iframe src="https://rd3.videos.sapo.pt/playhtml?file=http://rd3.videos.sapo.pt/0bAodRN0JZCwcCaztokS/mov/1&relatedVideos=none" frameborder="0" scrolling="no" width="500" height="281" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe></center><br />
Nazaré não existia no século XVIII, só o Sítio. No entanto o mar recuou abaixo da Pederneira e, os pescadores, aí se instalaram em terra firme. A partir da metade do século XIX das cabanas começou a nascer a povoação e hoje Nazaré com o seu mar pejado de toldos de lona recebe milhares de forasteiros que vão desfrutar do seu mar azul e lindo que se pode ver, na sua plenitude, no Sítio.<br />
<br />
<center><a href="https://2.bp.blogspot.com/-RlaihiB3L0E/Wl2P3m3AG0I/AAAAAAAAE7M/qTo6AkI0thoF8gV7Vt59rTgqchyviERdgCLcBGAs/s1600/x435.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-RlaihiB3L0E/Wl2P3m3AG0I/AAAAAAAAE7M/qTo6AkI0thoF8gV7Vt59rTgqchyviERdgCLcBGAs/s400/x435.jpg" width="400" height="300" data-original-width="580" data-original-height="435" /></a></center><br />
Como tem sido regular, o Hotel escolhido foi o Hotel da Nazaré. Mas como venho a confirmar por todos os Hotéis ou Residenciais onde marius70 pernoita têm um contra, não têm estores e, como é bom de ver, ainda a manhã começa e já a claridade se infiltra dentro do quarto. Para quem desfruta dos locais até bem tarde feita noite não é muito agradável acordar de manhã cedo. Mas é um mal geral de Norte a Sul do País.<br />
<br />
Enquanto se toma o pequeno almoço, no terraço, o nosso olhar estende-se pelo casario, o elevador que nos leva até ao Sítio e o mar que nos envolve.<br />
<br />
<center><a href="https://3.bp.blogspot.com/-TgaEwJjP55s/Wl2PAzAVxuI/AAAAAAAAE7A/gbtDoBMHb6ocCtuQ-XbBVBkbiNsTOYzVQCLcBGAs/s1600/x435%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-TgaEwJjP55s/Wl2PAzAVxuI/AAAAAAAAE7A/gbtDoBMHb6ocCtuQ-XbBVBkbiNsTOYzVQCLcBGAs/s400/x435%2B%25281%2529.jpg" width="400" height="300" data-original-width="580" data-original-height="435" /></a></center><br />
<strong>Sítio</strong><br />
<br />
Do Sítio se conta a bela lenda que D. Fuas Roupinho indo em perseguição de um veado, este se lançou do penhasco e se não fosse a aparição de Nossa Senhora da Nazaré que fez estancar o cavalo mesmo à beira do precipício de tal forma que ficou gravado na rocha a ferradura, teria D. Fuas feito companhia ao veado que, segundo a lenda era o demónio com cornos e tudo, cá embaixo! Em sua memória foi erguida a “Ermida da Memória”, diga-se em abono da verdade muito degradada e com muito cheirinho a fénico. As casas de banho são um bocadinho mais abaixo!<br />
<br />
Tendo Marius70 ido uma vez ao Sítio com o seu irmão mais velho, depois de mais uma meia-maratona, este fez a nazarena contar as sete saias o que ela fez com gosto.<br />
<br />
<em>Sete saias trazes<br />
Ao cair da anca<br />
E a blusa branca <br />
Que te está mesmo a matar<br />
<br />
Agora os rapazes<br />
Só pedem que caias<br />
Para contarem as saias<br />
Quando tu estás a bailar</em> <br />
<br />
Bem atiradiços estes rapazes!!!<br />
<br />
O Sítio da Nazaré é um largo enorme com um belo coreto e terminando com numa varanda junto ao mar (estava proibido o acesso devido a possível derrocada). Pode-se ver a Igreja consagrada a Nossa Senhora da Nazaré e várias residências com bonitas sacadas em ferro fundido e azulejaria de interesse.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-u-5SD0Mp9Xs/Wl2Qk94SeKI/AAAAAAAAE7U/xO1ze05zuMMt9vtctmoyWixiHKHFHm8WwCLcBGAs/s1600/x435%2B%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-u-5SD0Mp9Xs/Wl2Qk94SeKI/AAAAAAAAE7U/xO1ze05zuMMt9vtctmoyWixiHKHFHm8WwCLcBGAs/s400/x435%2B%25282%2529.jpg" width="400" height="300" data-original-width="580" data-original-height="435" /></a></div><br />
<br />
Com locais para venda de artesanato e as nazarenas nos seus carros castiços com venda de tremoços, pevides e outros afins (as gaivotas estavam sempre a tentar “roubar” algum destes produtos, para desespero das nazarenas) ir à Nazaré, com uma gastronomia apetecível, é sempre para Marius70 e para milhares de turistas uma visita agradável. <br />
<br />
De fazer também, um passeio pedreste até ao velho forte, no fim do promontório, e à vizinha Pedra do Guilhim. <br />
<br />
Coloca esta vila no teu roteiro anual, vale a pena!<br />
<br />
<br />
<font size=0,1><em>Fotos e video: Marius70<br />
Fonte consultada: «À Descoberta de Portugal» - Selecções Readers Digest</em></font></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-58857996625149735022008-10-16T17:29:00.013+01:002018-01-15T04:36:00.923+00:00Quem Passa por Alcobaça...<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/S-hwgLIPz7I?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<em> Quem passa, por Alcobaça<br />
Não passa sem lá voltar<br />
Por mais que tente e que faça <br />
É lembrança que não passa <br />
Porque não pode passar</em><br />
<br />
<div align=justify> Durante anos, em Luanda, ouviu Marius esta canção na voz de Maria de Lurdes Resende. Fui a Alcobaça, voltei a Alcobaça, mas ou é porque a minha forma de ver as cidades e as serras mudou ou Alcobaça já não é o que era.<br />
<br />
Da primeira vez que lá fui senti uma vila viva, movimentada, com artesanato de rua, camionetas de gente sem fim, paradas ao pé do Mercado, em tons de festa, de romaria. Voltei de novo lá, a vila já cidade, parece adormecida, não se vê vivalma pelas suas ruas, a não serem os turistas junto ao Mosteiro, tudo o resto parece deserto. Terei escolhido mal a altura de lá voltar? Talvez!!! Mas como diz e bem a letra da canção, é lembrança que não passa e quem sabe se de novo lá irei voltar.<br />
<br />
Alcobaça começou a ser um castelo árabe, hoje arruinado dele só resta a miragem de um outrora belo castelo.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/kkB8jqritAlNhhqtcWiU/x435" width="500"></center><br />
<br />
Das suas ruínas tem-se uma bela vista sobre a cidade, o Mosteiro e campos adjacentes.<br />
<br />
Alcobaça cresceu no vale do Alcoa e Baça. Os seus rios atravessam a cidade, e se outrora foram rios hoje não passam de riachos. É uma cidade airosa, tendo seu comércio sido quase confinado à área do Mosteiro que apresenta um lugar agradável para passeio e desfrutar dessa obra magnífica de estilo gótico, a primeira a ser construída em território português.<br />
<br />
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, é uma das Sete Maravilhas de Portugal. Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional desde 1910. <br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/q8kKyjF9pZdqH3tF72MY/x435" width="326"></center><br />
<br />
Abandonado pelos monges em 1833, o Mosteiro é um dos pontos de atracção turística da cidade. Os seus claustros, a sua fonte, o panteão, as suas gárgulas e os túmulos de D. Pedro I e Dª Inês que, com os pés virados um para o outro, esperam pelo dia do Juízo Final para de novo se levantarem e ficarem frente a frente. <br />
<br />
Os noivos, quando se casam, têm o costume de passarem pelos túmulos a fim de fazerem uma jura de amor eterno, esquecendo que Dª Inês não era esposa mas sim amante do Rei D. Pedro, ver <a href="http://marius70.blogspot.pt/2008/02/as-alcovas-reais.html" target="_blank">Alcovas Reais I</a> e <a href="http://marius70.blogspot.pt/2008/02/as-alcovas-reais-parte-ii.html" target="_blank">Alcovas Reais II.</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-xcMajOZSvjY/WlwviMhhCsI/AAAAAAAAEEg/yMXqxkEpChsVNoWS1cr2XAzELYhINE9BgCLcBGAs/s1600/PedroInes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-xcMajOZSvjY/WlwviMhhCsI/AAAAAAAAEEg/yMXqxkEpChsVNoWS1cr2XAzELYhINE9BgCLcBGAs/s435/PedroInes.jpg" width="435" data-original-width="493" data-original-height="179" /></a></div><br />
<br />
Alcobaça desde os tempos remotos foi ocupada não só por agricultores pastores que ocuparam as grutas do Carvalhal de Aljubarrota, como pelos povos invasores, Fenícios, Gregos, Cartagineses, os inevitáveis Romanos, os Visigodos e Muçulmanos. Um dia D. Afonso Henriques resolveu vir lá de cima do Condado Portucalense e expulsou-os em 1148. <br />
<br />
<em>Quem passa por Alcobaça<br />
Não passa sem lá voltar...</em><br />
<br />
<font size=0,1><em>Fotos: marius70 e wikipedia<br />
<br />
Fontes consultadas: <a href="http://www.cm-alcobaca.pt/" target="_blank">Município de Alcobaça</a><br />
<br />
</font></em><br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-46104132453405831422008-07-24T18:55:00.002+01:002018-01-16T07:23:42.968+00:00Correr Peniche<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/HJBQ_dxtKOM?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify><em> De volta a Peniche, Marius relembra as vezes que aí esteve correndo as ruas da cidade à luz das fogueiras. <br />
Anos depois volta a sentir o convívio à volta da sardinha assada, da pinga bem tirada, do ar festivo que milhares de forasteiros deram à «Corrida das Fogueiras» e «Fogueirinhas».<br />
Marius corre não por mais uma camisola ou uma medalha mas sim pelo simples prazer de participar pois medalhas tem muitas dentro de uma caixa de cartão. Pena é que muitos não percebam que o facto do dedo grande do pé mexer é mais importante que os vários sacos que conseguem “surrupiar” às organizações. Mas isso são outras histórias, falemos agora de Peniche.</em><br />
<br />
<strong>Peniche</strong> tem vestígios pré-históricos nas grutas da Malgasta, Lapa Furada, Cova da Moura (situadas na zona Sudoeste do concelho, no Planalto das Cesaredas) e Gruta da Furninha estas do Paleolítico Médio, que demonstram bem a ocupação desta zona ribeirinha pelas comunidades humanas.<br />
<br />
61 a. C. – Júlio César derrota um grupo de lusitanos que se refugiara numa ilha junto à costa, território possivelmente correspondente à ilha de Peniche.<br />
<br />
Desde então os romanos fizeram sentir a sua presença através do cultivo das férteis terras aluviais contíguas ao Rio de S. Domingos e à Ribeira de Ferrel e na exploração de recursos estuarinos e marinhos.<br />
<br />
No Morraçal da Ajuda foi descoberto um complexo oleiro que teria como principal ocupação a produção de ânforas destinadas ao envase de preparados de peixe.<br />
<br />
Nas Ilhas Berlengas foram descobertas cepos de âncora em chumbo e várias ânforas que significa que nelas se abrigavam as embarcações romanas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-1BBIpLdL-2I/WlwyW-a_oRI/AAAAAAAAEEs/zxlkd4yItS8P-JYgZ5GWUDvc35bmgaygACLcBGAs/s1600/barcoromano.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-1BBIpLdL-2I/WlwyW-a_oRI/AAAAAAAAEEs/zxlkd4yItS8P-JYgZ5GWUDvc35bmgaygACLcBGAs/s500/barcoromano.gif" width="500" data-original-width="378" data-original-height="146" /></a></div><br />
Peniche era dependente de Atouguia da Baleia outrora Vila muito importante. Curiosa é concessão em 1947 e em 1503 por El-Rei D. Manuel de os penichenses terem a possibilidade de possuírem carniçaria e carniceiro, não sendo obrigados a ir comprar a Atouguia da Baleia a carne que necessitavam, de cortarem a lenha de que as suas casas tivessem necessidade e a possibilidade de semearem a zona do reguengo entre os lugares velho (Gamboa) e novo (Ribeira).<br />
<br />
Foi fortificada em tempos do rei D. João III por volta do século XVI, em 1640 transforma-se em praça-forte. Em 1934, passa a funcionar como prisão política do Estado Novo até Abril de 1974. Hoje o Forte é o Museu Municipal que vale a pena visitar pela história que este Forte encerra desde o material arqueológico, histórico e etnográfico, à espectacular fuga protagonizada por Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues em 3 de Janeiro de 1960.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/J5slKV6OK0VPUjNAvG3z/" width="500"></center><br />
Marius deambula pela cidade. A zona portuária em obras indicia novas condições para os pescadores.<br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/zTIP3LkAwhdqbq2VY5Z2/" width="500"></center><br />
No jardim da cidade, a estátua da rendilheira domina. As rendas (medalha de prata em 1851 e 1861 em Paris, Londres e Porto), já a minha mãe poveira as fazia e é também uma tradição dos vilacondenses, estão à venda num local onde raparigas aprendem a trabalhar com os bilros. <br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/zjFYWzajNJUV4f86H7VM/" width="500"></center><br />
Uma cidade bonita, onde os restaurantes na Avenida do Mar têm muita diversidade de peixe e marisco e a caldeirada é de chorar por mais. <br />
<br />
<center><img src="http://fotos.sapo.pt/z8d4KvmvSCgi6KS0uArG/" width="500"></center><br />
Foi difícil arranjar lugar para a pernoita, sinal que os forasteiros eram muitos, mas ali estava a D. Lurdes, nazarena de gema, com um cartão a “oferecer” local para uma noite bem dormida. De todos os locais posteriormente visitados, foi a melhor noite passada.<br />
<br />
Sobre os tais “amigos de Peniche”. Não são os penichenses que são esses tais amigos da onça, mas sim os ingleses que quando lhes foi pedido ajuda contra a invasão dos Filipes de Espanha, desembarcaram em Peniche. Chegada a Lisboa a notícia do desembarque, foi espalhada a novidade entre os partidários, e a segredar-se num anseio de esperança: “vêm aí os nossos amigos… vêm aí os nossos amigos de Peniche…”<br />
<br />
Mas os ingleses durante o percurso até Lisboa nada mais fizeram que pilhar as povoações que lhes apareceram pelo caminho. Chegados a Lisboa foram recebidos a fogo de artilharia dos castelhanos e, assim, os tais "amigos" de Peniche lá foram de orelha murcha para Inglaterra e Portugal foi dominado pela Espanha até que D. João IV, no 1º de Dezembro de 1640, voltou a colocar o país sobre a bandeira portuguesa.<br />
<br />
Uma visita ao Cabo Carvoeiro ver a Nau dos Corvos, ex-libris de Peniche, faz com que a vontade de a visitar seja uma constante.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-ewLDsTjwXCU/Wl2oGkzHEwI/AAAAAAAAE90/CgZt5PHiT9AruQ2L60wbE9FU_aiz1gyCgCLcBGAs/s1600/Julho2008%2B021.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-ewLDsTjwXCU/Wl2oGkzHEwI/AAAAAAAAE90/CgZt5PHiT9AruQ2L60wbE9FU_aiz1gyCgCLcBGAs/s500/Julho2008%2B021.jpeg" width="500" data-original-width="1573" data-original-height="991" /></a></div><br />
Uma passagem pela praia do Baleal e com a promessa de voltar a Peniche, Marius segue a caminho da Nazaré!<br />
<br />
<br />
Fotos: marius70<br />
<br />
Fontes consultadas: <a href="http://www.cm-peniche.pt/" target="_blank">Município de Peniche</a><br />
<br />
... E observação directa<br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-8632788258154385332008-07-14T04:54:00.001+01:002018-01-15T04:54:22.308+00:00Por Terras Alentejanas<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/ySIvzZWB194?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify><em> Marius, através da janela visualiza um dia cinzento. A chuva cai de mansinho, não se vêem carros, não se vê vida. Tudo permanece nos seus lares, vendo, como eu, a chuva a cair.</em><br />
<br />
<strong>Lagoa de Sto André</strong><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-GiTQ9sFBtQU/WlwzThvQrQI/AAAAAAAAEE4/cOS11GLST6EndseL1DbeKK-Xy-_NQ47nQCLcBGAs/s1600/LagoaSAndre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-GiTQ9sFBtQU/WlwzThvQrQI/AAAAAAAAEE4/cOS11GLST6EndseL1DbeKK-Xy-_NQ47nQCLcBGAs/s400/LagoaSAndre.jpg" width="400" height="300" data-original-width="451" data-original-height="338" /></a></div><br />
Tantas vezes referido como local aprazível, logo teria que calhar num dia não a visita a este local. Um dia cinzento como foi o Verão passado, foi ver e quase partir. Como a fama gastronómica indica uma boa caldeirada lá Marius quis fazer uma vontade mas os preços astronómicos de alguns Restaurantes fizeram-no desistir da ideia. Em Portugal tenta-se, como a formiga, ganhar no Verão para descansar no Inverno, mas os portugueses não são “bifes” e assim fiquem lá com a caldeirada que em Peniche também se come caldeirada e não àqueles preços.<br />
<br />
Mas lá almoçou num Restaurante no Hotel Al Tarik e ala a caminho de Santiago do Cacém.<br />
<br />
Em <strong>Santiago do Cacém</strong>, Marius procurava as ruínas romanas de Miróbriga (tema já colocado no Império Romano). Mas, em antes de rumar ao passado, fez questão de subir ao Castelo e desfrutar das vistas sobre a cidade. <br />
<br />
Uma tenda medieval à entrada do Castelo, e uma exposição «No Caminho sob as Estrelas», uma referência à peregrinação a Sant’iago de Compostela, aguardavam-no numa subida íngreme que o “cavalo” de Marius já cansado de tantas estradas, montes e vales percorridos teve dificuldade em lá chegar.<br />
<br />
A história de Sant’iago é deveras singular. Pelos vistos, era um dos discípulos de Jesus que até terá passado pela terra de Marius, Póvoa de Varzim. Segundo outras tradições, Santiago aparecia aos cristãos nas batalhas travadas em Espanha contra os mouros daí ter sido apelidado de "Matamoros" (Mata-mouros). Como isto de religião cada um puxa para o seu lado, é sinal que os cristãos não consideravam os mouros filhos do mesmo Deus e vice-versa. E esta luta irá continuar até que no fim só restem um mouro e um cristão. Aí Deus irá escolher um deles para assistir ao fim da Humanidade.<br />
<br />
Uma visita ao Castelo, com as bandeiras desfraldadas e, pela primeira vez, Marius viu um cemitério dentro de um castelo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-mFZ_ugzzS0I/WlwzeOtN_6I/AAAAAAAAEE8/8bf60bqwA94khVDWh9YrycKDVphAJPbmQCLcBGAs/s1600/SCacem.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-mFZ_ugzzS0I/WlwzeOtN_6I/AAAAAAAAEE8/8bf60bqwA94khVDWh9YrycKDVphAJPbmQCLcBGAs/s400/SCacem.gif" width="300" height="400" data-original-width="301" data-original-height="402" /></a></div><br />
Depois da visita a <a href="http://imperioromano-marius70.blogspot.com/2007/09/mirbriga.html" target="_blank"><strong>Miróbriga</strong>,</a>que Marius recomenda, há que rumar até ao Algarve. Aberto o mapa, o caminho mais curto pareceu ser o virar à esquerda, mas não era. <br />
<br />
Uma paisagem com árvores frondosas a ladear o caminho. Aqui e ali, lá aparecia uma alma perdida naquela estrada, e Marius sem saber onde estava. Os km corriam e localidades nenhumas. Até que, por fim, lá apareceu uma placa dizendo <strong>Alvalade</strong>, ufff!... Já não era sem tempo.<br />
<br />
Um desvio e aparece a terra onde romanos já por lá tinham andado tendo deixado o seu legado como várias escavações arqueológicas o demonstram, a estrada romana que atravessava a freguesia de Alvalade, e que estabelecia a ligação entre Miróbriga e Pax Iulia (Beja), assim como a ponte, já muito alterada, situada sobre o antigo leito da Ribeira de Campilhas.<br />
<br />
Paragem em frente à Igreja da Misericórdia e uma visita ao Centro Histórico. Entrar na Igreja Matriz, onde é proibido tirar fotografias, engalanada, ver no altar a imagem de Nossa Senhora da Conceição da Oliveira, padroeira de Alvalade, um olhar demorado sobre os campos e a ponte romana e como Marius ainda tinha muitos km pela frente, ala que se faz tarde.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-Bl-A4IQk514/Wlwzqf63RxI/AAAAAAAAEFA/e3dbiZS2pGQlEvz2qZweZQHrgrd8_5TkwCLcBGAs/s1600/AlvaladeSado.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-Bl-A4IQk514/Wlwzqf63RxI/AAAAAAAAEFA/e3dbiZS2pGQlEvz2qZweZQHrgrd8_5TkwCLcBGAs/s400/AlvaladeSado.gif" width="400" height="272" data-original-width="350" data-original-height="238" /></a></div><br />
<font size=0,1><em> A promessa à amiga Bitu que, para a próxima, Marius irá ver com mais vagar a sua terra.</em></font></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-86987445581461098752007-12-16T04:14:00.000+00:002018-01-15T05:08:54.652+00:00Gastronomia - Ponte da Barca<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/THrBRBy1xwc?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-MA9CZFztiS4/Wlw23HSCdzI/AAAAAAAAEFM/RAQFZFm9ChMXfJ3_LI2nsLMbwfcKyQFtwCLcBGAs/s1600/PBarca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-MA9CZFztiS4/Wlw23HSCdzI/AAAAAAAAEFM/RAQFZFm9ChMXfJ3_LI2nsLMbwfcKyQFtwCLcBGAs/s400/PBarca.jpg" width="400" height="111" data-original-width="499" data-original-height="138" /></a></div><br />
<em>Verde e baixos vales, alta serra<br />
Duras, e solitárias penedias<br />
Correntes águas, frescas fontes frias<br />
Testemunhas do mal que em mim s´encerra.</em><br />
<br />
<div align=justify><font color=#FF3300><strong>Ponte da Barca</strong></font> – <font color=#000099><em> Lampreia à Pescador e à Bordalesa, Papas de Sarrabulho, Presunto e boroa de milho, Chanfana de Cabra à moda de Germil, Cabrito da Ermida, Costeleta Barrosã, sopas de leite e rabanadas de mel </em></FONT><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-HMoi_sKe4HA/Wlw3AmzYOFI/AAAAAAAAEFQ/qcZIFGyNYuILavU8E19boB18Yct6v2WngCLcBGAs/s1600/Lampreia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-HMoi_sKe4HA/Wlw3AmzYOFI/AAAAAAAAEFQ/qcZIFGyNYuILavU8E19boB18Yct6v2WngCLcBGAs/s400/Lampreia.jpg" width="400" height="296" data-original-width="150" data-original-height="111" /></a></div><br />
<font color=#FF3300><font size=2><strong>Lampreia à Bordalesa</strong></FONT></FONT><br />
<br />
<strong>Ingredientes para 6 Pessoas:</strong><br />
<br />
2 Lampreias de tamanho médio; 4 dl de Vinagre tinto; 4 dl de Vinho verde tinto; 8 dentes de Alho; 0,5 kg de Cebola; 1,5 dl de Azeite; 0,5 kg de Arroz; Pão seco qb; Salsa qb; Piri-piri qb; Sal qb; Água qb.<br />
<br />
<strong>Modo de Preparação: </strong><br />
<br />
● Arranja-se a Lampreia e tira-se a tripa. ● Corta-se às postas de 4,5 cm. ● Faz-se uma marinada com o sangue da Lampreia, Vinagre, Vinho, Alho picado, Salsa picada, Sal, Piri-piri a gosto e adiciona-se a Lampreia cortada às postas. ● Fica a marinar durante cerca de uma hora. ● Pica-se a Cebola muito fina para um tacho, rega-se com um fio de Azeite e deixa-se alourar. ● Adiciona-se a Lampreia, juntamente com a marinada, à Cebola refogada e deixa-se estufar até ficar apurada. ● Junta-se água a ferver à medida que vai sendo necessário. ● Rectificam-se os temperos. ● Acompanha com Arroz seco e pão torrado às fatias<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RaPwg-MRM20/Wlw3OTkDE2I/AAAAAAAAEFU/zLg_1PwzoMIBgN1g-cEsAbyny47e8fPlACLcBGAs/s1600/Navidad.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-RaPwg-MRM20/Wlw3OTkDE2I/AAAAAAAAEFU/zLg_1PwzoMIBgN1g-cEsAbyny47e8fPlACLcBGAs/s400/Navidad.gif" width="264" height="400" data-original-width="60" data-original-height="91" /></a></div><br />
<font color=#FF3300><strong>Rabanadas de Mel</strong></font><br />
<br />
Cortam-se as fatias de pão de trigo, que se deixou endurecer, com dois centímetros de espessura.<br />
<br />
Numa panela, põe-se a ferver leite, água, canela, casca de limão, mel, açúcar e noz de manteiga fresca. Em travessa funda, põe-se o pão a demolhar bem, na calda quente. Escorre-se levemente e passa-se por ovos batidos. Frita-se em azeite fino. Tiradas as rabanadas bem loiras, ficam algum tempo a escorrer e servem-se polvilhadas com açúcar e canela.<br />
<br />
Para acompanhar as rabanadas, faz-se um molho com água, vinho do Porto, mel, açúcar amarelo, canela e laranja fresca. Vai tudo a ferver até ficar um xarope grosso e, com ele, quem quiser e gostar, regar as rabanadas. É servido à parte.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-_bVw4L0rPSc/Wlw3Wpoxs5I/AAAAAAAAEFc/_rVKMc8ImFMGL2Eot0dACEGUDewq2ARjgCLcBGAs/s1600/Natalblog.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-_bVw4L0rPSc/Wlw3Wpoxs5I/AAAAAAAAEFc/_rVKMc8ImFMGL2Eot0dACEGUDewq2ARjgCLcBGAs/s400/Natalblog.gif" width="400" height="393" data-original-width="324" data-original-height="318" /></a></div><br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-91508423701871213412007-10-01T04:15:00.000+01:002018-01-15T05:15:05.655+00:00Viseu<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/tAfg6urm6qo?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify><em> Vai Marius70 a caminho de Viseu. Mais uma vez voltava a Viseu, mas desta vez haviam outras razões que o faziam lá voltar, ver a Feira de S. Mateus, que nunca tinha visto e rever um velho amigo de infância da minha Rua Vereador Prazeres do meu Bairro de S. Paulo em Luanda. Um mero acaso fez com que voltasse a abraçar este grande amigo 40 anos depois. Para ti amigo Flávio um abraço do tamanho de Angola.</em> <br />
<br />
<strong>Viseu</strong> <br />
<br />
A cidade das rotundas. Disseram-me, posteriormente, que devido às rotundas tinham “baixado” os acidentes rodoviários na zona, se assim é, façam-se rotundas de norte a sul do país e evita-se a mortalidade devido aos aceleras que não têm respeito pelos outros. <br />
<br />
A Viseu (aqui nasceu D. Duarte) chamo de cidade jardim. Talvez hajam outras mas passear no Parque da Cidade ou ver outros locais cheios de verde, fazem-me sentir lá bem. Não é por mero acaso que Viseu é chamada de «Cidade do Verde Pinho». <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-oprY24BC1Yg/Wlw4QdStRmI/AAAAAAAAEFo/vnO4EMTzvZwGycj6ReK7lWaZmS9gXjaIwCLcBGAs/s1600/ViseuDDuarte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-oprY24BC1Yg/Wlw4QdStRmI/AAAAAAAAEFo/vnO4EMTzvZwGycj6ReK7lWaZmS9gXjaIwCLcBGAs/s400/ViseuDDuarte.jpg" width="299" height="400" data-original-width="276" data-original-height="369" /></a></div><br />
Cheguei lá na altura do almoço, a meio da semana, e recebi um telefonema desse meu amigo e combinámos o jantar para a Feira de S. Mateus pelas 20h30’. <br />
<br />
Estava um calor intenso e depois de se arranjar hotel, um hotel simpático, onde, pela decoração antiga, fazia-nos transportar para o tempo em que as camas tinham reposteiros, as senhoras usavam saias compridas e corpetes, e os homens “collantes” com as caras polvilhadas de pó de arroz.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-F-SJqvqrFXc/Wlw4gEvz2yI/AAAAAAAAEFs/m6uAeIzjsh0MRDFevLwQGNVy1MjBkIWxQCLcBGAs/s1600/HotelAvenida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-F-SJqvqrFXc/Wlw4gEvz2yI/AAAAAAAAEFs/m6uAeIzjsh0MRDFevLwQGNVy1MjBkIWxQCLcBGAs/s400/HotelAvenida.jpg" width="299" height="400" data-original-width="276" data-original-height="369" /></a></div><br />
Há que visitar a cidade. Depois do reconhecimento feito do local da Feira de S. Mateus, à que começar pelo Rossio onde se pode admirar o magnífico Painel de Azulejos, o edifício dos Paços do Município, passear no Jardim Tomás Ribeiro e depois sentar-se no Parque Aquilino Ribeiro (um reparo, aqui há uns bancos de jardim tão baixos que depois de sentado os joelhos quase me batiam na cara), onde se encontra a Capela da Sr.ª da Vitória. Ao lado do Parque encontra-se a Igreja dos Terceiros de S. Francisco. <br />
<br />
Ver ruínas romanas dentro da própria cidade, através de um vidro demonstra que Viseu já no passado era um ponto de referência e não é por acaso que Viriato lhes fez frente e só foi vencido pela traição. <br />
<br />
A Sé Catedral e o Museu Grão Vasco, o Cruzeiro, a estátua de D. Duarte, a Igreja da Misericórdia, a Fonte das 3 Bicas fazem parte do roteiro obrigatório de todo o visitante. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-qenw1BmQghE/Wlw4qlIZd5I/AAAAAAAAEFw/RaO1kpb98pUPNGnSdQIhxTjEewu5qst_ACLcBGAs/s1600/Viseu1.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-qenw1BmQghE/Wlw4qlIZd5I/AAAAAAAAEFw/RaO1kpb98pUPNGnSdQIhxTjEewu5qst_ACLcBGAs/s400/Viseu1.gif" width="400" height="295" data-original-width="500" data-original-height="369" /></a></div><br />
Muito mais há para ver, fica a promessa de lá voltar agora com mais tempo pois o tempo urgia e estava na hora de ir até à Feira de S. Mateus já com um historial de mais de 600 anos (as primeiras referências datam de 1392). <br />
<br />
Inicialmente, pareceu-me que a Feira estava longe de ter a fama que a suporta há já longos anos. Dividia-se em quatro vertentes, diversão, artesanato, comes e bebes e uma área destinada a exposições mobiliários e afins. <br />
<br />
Com uma zona central para espectáculos ao vivo, foi ao cair da noite que a magia saiu com arcos iluminados em tons de azuis e vermelhos, dando então à feira o cariz de que estava à espera. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-Gs2kf4ZX-LI/Wlw4yQkcbTI/AAAAAAAAEF4/1ww0z_OfHQY0hPLgfuN8TapAk6n8KE1SACLcBGAs/s1600/FSMateus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-Gs2kf4ZX-LI/Wlw4yQkcbTI/AAAAAAAAEF4/1ww0z_OfHQY0hPLgfuN8TapAk6n8KE1SACLcBGAs/s400/FSMateus.jpg" width="400" height="300" data-original-width="492" data-original-height="369" /></a></div><br />
<em> - Mário – ouvi junto à zona das exposições. Voltei-me, ali estava o meu amigo Flávio mais a sua simpática esposa, quarenta anos depois. Um abraço, um recordar dos nossos velhos tempos, das nossas corridas de trotinete, da nossa rua dos nossos amigos, dos nossos irmãos. <br />
<br />
Foi bom ver-te Flávio. Até à próxima!</em> <br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-65175373035381992772007-07-09T04:16:00.000+01:002018-01-15T05:23:54.312+00:00De Sul a Sul...<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/witwOXX9HLg?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify> Do céu água caía e perspectivas de dias melhores não estavam previstas num horizonte recente.<br />
<br />
Desta vez a viagem seria directa, sem outras paragens que não fosse um ligeiro repouso em áreas de serviço.<br />
<br />
Cada vez mais se nota a diferença climática de ano para ano.<br />
<br />
O local de férias encontrava-se estranhamente deserto comparado a anos anteriores, pudera com o tempo que se fazia sentir só as gaivotas é que se afoitavam em voos para estas paragens, gaivotas e eu, bom, também não era o único que lá estava, haviam mais uns heróis que se calhar não puderam alterar as férias e lá tiveram que gramar o mau tempo.<br />
<br />
<strong>Lagos</strong>, continua a ser para mim uma cidade sempre a rever. Gosto de estar na marginal, vendo os barcos a sair e entrar na Marina, e quando os mastros dos barcos são altos eis que a ponte se abre para deixar os barcos passar. Foi de Lagos que partiu D. Sebastião para a derradeira viagem até Alcácer-Quibir.<br />
<br />
Hoje resta a lembrança da estátua de Cargaleiro, do Rei menino, nas Portas de Portugal.<br />
<br />
Buganvílias dão às ruas um colorido especial, e uma visita às Igrejas com as suas belas talhas, assim como o nicho dedicado a S. Gonçalo, padroeiro de Lagos no Arco com o mesmo nome, é de visita obrigatória.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-SM83rA5jsVo/Wlw5hvjzhdI/AAAAAAAAEGE/mdYkqW-yPnojz2GLndZ-UO81wC_4ZN2HQCLcBGAs/s1600/Lagos.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-SM83rA5jsVo/Wlw5hvjzhdI/AAAAAAAAEGE/mdYkqW-yPnojz2GLndZ-UO81wC_4ZN2HQCLcBGAs/s400/Lagos.gif" width="300" height="400" data-original-width="375" data-original-height="500" /></a></div><br />
Em <strong>Alvor</strong>, os barcos encontravam-se serenos na sua Ria enquanto o tempo continuava cinzento. Três dias de praia em duas semanas e, por duas vezes, a praia foi interrompida devido ao tempo agreste.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-SvsmFIm2C5Q/Wlw5phCVFnI/AAAAAAAAEGI/kYtRrzD02TMN9A-Z_KWxn0EQLYiaz-xHgCLcBGAs/s1600/Alvor.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-SvsmFIm2C5Q/Wlw5phCVFnI/AAAAAAAAEGI/kYtRrzD02TMN9A-Z_KWxn0EQLYiaz-xHgCLcBGAs/s400/Alvor.gif" width="400" height="300" data-original-width="500" data-original-height="375" /></a></div><br />
<strong>Portimão</strong> para visitar e comer os gelados de sabor na gelataria «Coromoto» junto ao Mercado Municipal.<br />
<br />
Ver «O Mundo de Areia» em <strong>Algoz/Pêra</strong> é um espectáculo. Este ano está simplesmente fantástico e pode-se ir de tarde e à noite com tudo iluminado com o mesmo bilhete. A não perder.<br />
<br />
Uma subida até ao <strong>Pico da Picota</strong>, em Monchique, a 774 metros. Subir aquilo de carro é uma aventura, estrada estreita quase não permite o cruzar com outro carro e se de um lado é encosta do outro é precipício. Há alturas que os nossos carros se transformam em burros e desta vez tive essa sensação. Mas o Pico foi vencido.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-CmFyYDw7TjU/Wlw54CMxQ8I/AAAAAAAAEGM/6bDVYjllOxAql0zQ6s6ys4zA3Zjs_mgcACLcBGAs/s1600/Picota.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-CmFyYDw7TjU/Wlw54CMxQ8I/AAAAAAAAEGM/6bDVYjllOxAql0zQ6s6ys4zA3Zjs_mgcACLcBGAs/s400/Picota.gif" width="400" height="300" data-original-width="500" data-original-height="375" /></a></div><br />
No regresso uma ida até <strong>Marmelete</strong>. Casas brancas, pomares, hortenses, medronheiros e a Igreja fazem o encanto de Marmelete. Uma sandes de presunto comido num café no caminho foi quase um jantar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-uKCFRXvf8hk/Wlw6BlnbL5I/AAAAAAAAEGU/Xt1AQjz-vOMJskc5cd7NVTHF2ec7DBiPwCLcBGAs/s1600/Marmelete.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-uKCFRXvf8hk/Wlw6BlnbL5I/AAAAAAAAEGU/Xt1AQjz-vOMJskc5cd7NVTHF2ec7DBiPwCLcBGAs/s400/Marmelete.jpg" width="300" height="400" data-original-width="375" data-original-height="500" /></a></div><br />
<strong>Quarteira</strong> para uma visita de saudade pois foi para lá a minha primeira ida para os Algarves. Uma ida até às ruas e casa onde estive há muitos anos atrás e fora um ou outro pormenor está tudo na mesma excepto a Marginal que sofreu alterações profundas.<br />
<br />
<strong>Alcoutim</strong>. Foi uma agradável surpresa. O castelo, as casas, as laranjeiras, o rio Guadiana (obrigado Bitu) com Espanha à vista. No cais uma lápide, dedicada aos contrabandistas, onde está uma quadra cantada por esse cantor que é o Che Guevara da canção, Zeca Afonso no seu «Canta Camarada Canta». <br />
<br />
<em>Viva a malta, trema a terra<br />
Daqui ninguém arredou<br />
Quem há-de tremer na Guerra<br />
Sendo homem como eu sou</em><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-Uxpi3xlK3eY/Wlw6KxPVoZI/AAAAAAAAEGY/toT9J4SOZ9485322KF7Oqj9GVmzneNqlACLcBGAs/s1600/Alcoutim.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-Uxpi3xlK3eY/Wlw6KxPVoZI/AAAAAAAAEGY/toT9J4SOZ9485322KF7Oqj9GVmzneNqlACLcBGAs/s400/Alcoutim.gif" width="400" height="300" data-original-width="500" data-original-height="375" /></a></div><br />
Uma visita até à <strong>Foz do Odeleite</strong>, viagem longa mas que não vale a pena, A vista linda é do local onde tirei a foto abaixo. Mais uma vez o carro foi burro mas valeu a pena.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-9GfghbYBBG0/Wlw6Q2aP8gI/AAAAAAAAEGc/EthoK-skvhkByxwLxFVmVJS030dbXjHrQCLcBGAs/s1600/Odeleite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-9GfghbYBBG0/Wlw6Q2aP8gI/AAAAAAAAEGc/EthoK-skvhkByxwLxFVmVJS030dbXjHrQCLcBGAs/s400/Odeleite.jpg" width="400" height="300" data-original-width="500" data-original-height="375" /></a></div><br />
O passo seguinte foi passar a ponte e ir até <strong>Ayamonte</strong>. Líndissima, com bancos de jardim com motivos em azulejo e espanholas tagarelas até mais não, e ainda falámos nós das portuguesas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-mmQyUH-M1Ig/Wlw6m6Vn9EI/AAAAAAAAEGk/OFk-AGN1-YML4nZdX4XGYzCg5S17VOm_wCLcBGAs/s1600/Ayamonte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-mmQyUH-M1Ig/Wlw6m6Vn9EI/AAAAAAAAEGk/OFk-AGN1-YML4nZdX4XGYzCg5S17VOm_wCLcBGAs/s400/Ayamonte.jpg" width="400" height="300" data-original-width="500" data-original-height="375" /></a></div><br />
E assim se passaram os dias. De regresso, uma última olhada para a Ria e esperar que na próxima o tempo ajude.<br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-80041486758675025252007-06-14T04:17:00.000+01:002018-01-15T05:29:05.020+00:00Gastronomia – Arcos de Valdevez<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/HPGjHZyxV8c?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-UAkHx8k5SIo/Wlw7u3IXJ1I/AAAAAAAAEGw/UHlJFMx8rpwLYAh4JwbTAqQF4OXHwkeCwCLcBGAs/s1600/AValdevez.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-UAkHx8k5SIo/Wlw7u3IXJ1I/AAAAAAAAEGw/UHlJFMx8rpwLYAh4JwbTAqQF4OXHwkeCwCLcBGAs/s400/AValdevez.jpg" width="400" height="253" data-original-width="498" data-original-height="315" /></a></div><br />
<br />
<div align=justify><font color=#FF3300><strong>Arcos de Valdevez</strong></font> – <font color=#000099><em>Cozido à Portuguesa, as Papas de Sarrabulho, os Rojões, o Cabrito Assado, a Costela Barrosã, a Lampreia e o Bacalhau à Violeta.</em></FONT> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-DujjnNUhtxQ/Wlw71sXIlyI/AAAAAAAAEG0/fOOYoFBdH7c9ygpUkrfgKctip-X21ID2gCLcBGAs/s1600/CozMinhota.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-DujjnNUhtxQ/Wlw71sXIlyI/AAAAAAAAEG0/fOOYoFBdH7c9ygpUkrfgKctip-X21ID2gCLcBGAs/s400/CozMinhota.jpg" width="400" height="325" data-original-width="419" data-original-height="340" /></a></div><br />
<font color=#FF3300><font size=2>COZIDO À MINHOTA</FONT></FONT> <br />
<br />
<strong>Ingredientes:</strong> <br />
<br />
1/2 galinha gorila; <br />
350g de presunto; <br />
350g de carne de vaca (perna); <br />
salpicão; <br />
250 g de orelheira ou focinho filmados; <br />
1 couve tronchuda; <br />
3 cenouras; <br />
5 batatas; <br />
sal; <br />
pimenta. <br />
<br />
<strong>Para o arroz: </strong> <br />
<br />
350 gr de arroz; <br />
1 cebola; <br />
1 dl de azeite; <br />
As asas e o pescoço de frango (ou de 1 galinha); <br />
50 g de presunto; <br />
Sal e pimenta. <br />
<br />
<strong>Preparação: </strong> <br />
<br />
Depois de arranjada, introduz-se a galinha numa panela grande com água fria. Junta-se a carne de vaca e a orelheira (ou o focinho). Quando a galinha estiver meio cozida, metem-se na panela o presunto e o salpicão. Meia hora depois juntam-se as cenouras, as couves e as batatas e deixa-se ferver durante mais meia hora. Para servir, coloca-se a galinha e a carne de vaca cortada aos bocados no centro de uma travessa e à volta põe-se a orelheira e o presunto também cortados aos pedaços, o salpicão às rodelas, as cenouras, as batatas e as couves. O arroz pode ser servido no alguidar em que vai ao forno, ou então moldado no centro da travessa e rodeado por todos os ingredientes. <br />
<br />
<strong>Preparação do arroz: </strong> <br />
<br />
Pica-se a cebola e, num alguidar de barro, aloura-se com o azeite, juntam-se as asas e o pescoço do frango e o presunto cortado aos bocadinhos. Deixa-se refogar. Rega-se o refogado com água – o mesmo volume do arroz –, tempera-se com sal e pimenta, deixa-se levantar fervura e junta-se o arroz lavado e bem escorrido. Logo que levantar fervura, introduz-se o recipiente no forno e deixa-se o arroz cozer até ficar seco e solto. <br />
<br />
<font color=#FF3300><strong>Sobremesas:</strong></font><font color=#000099> - <em>Charutos de Ovos, as Cavacas, o Queijo Brandas da Cachena, os Casadinhos Brancos</em>, e os não menos conhecidos <em>Rebuçados dos Arcos</em>.</FONT> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Xa0LlDCa7FE/Wlw8A_O7pVI/AAAAAAAAEG4/I_GUgZQtmVA4FCWFFlWGUYSeNAWXiTBuACLcBGAs/s1600/COvos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-Xa0LlDCa7FE/Wlw8A_O7pVI/AAAAAAAAEG4/I_GUgZQtmVA4FCWFFlWGUYSeNAWXiTBuACLcBGAs/s400/COvos.jpg" width="400" height="275" data-original-width="302" data-original-height="208" /></a></div><br />
<font color=#FF3300>Charutos de Ovos</font> <br />
<br />
<strong>Ingredientes:</strong> <br />
<br />
Açúcar: 250 g <br />
Amêndoa ralada: 250 g <br />
Ovos: 8 <br />
Manteiga: Uma colher <br />
<br />
<strong>Preparação:</strong> <br />
<br />
Põe-se o açúcar ao lume com a água necessária até formar o ponto de cabelo. Deita-se, depois, a amêndoa ralada, as 8 gemas com uma colher de sopa de manteiga e uma casca de limão. <br />
<br />
Deixa-se ferver e deita-se numa travessa a arrefecer. Este é o recheio dos charutos. <br />
<br />
Humedecem-se hóstias com clara de ovo e deita-se-lhes o recheio dentro, enrolando-as de modo a formar charutos que se envolvem em açúcar pilé.</div><br />
<br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-16462848850576154532007-06-09T02:03:00.000+01:002018-01-15T05:32:35.519+00:00Coimbra tem mais encanto!...<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/w0CMZUmhg6E?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-vKp9F2WnYOA/Wlw8rTatDqI/AAAAAAAAEHE/JbRiLldRlVwAB3Dg5i01_wUWQ5_NSXcQQCLcBGAs/s1600/Mondego.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-vKp9F2WnYOA/Wlw8rTatDqI/AAAAAAAAEHE/JbRiLldRlVwAB3Dg5i01_wUWQ5_NSXcQQCLcBGAs/s400/Mondego.jpg" width="400" height="109" data-original-width="500" data-original-height="136" /></a></div><br />
<div align=justify> Depois de passar pelo Jardim Botânico criado em 1772 no âmbito do Museu de História Natural instituído pelo Marquês de Pombal na Universidade de Coimbra, desço as escadarias da velha Universidade onde a Cabra – o sino da torre da Universidade – marca o passo à passagem das horas. Pelo Jardim florido do Largo da Portagem vou até à ponte de S. Clara debruço-me sobre o Rio Mondego. Olho em direcção do açude para a zona do Choupal. <br />
<br />
O rio, bonançoso, espraia-se pelas margens onde gaivotas vão debicando o que lhes aparece no leito lodoso. Do meu lado esquerdo o Portugal dos Pequenitos, a Quinta das Lágrimas onde, segundo reza a lenda, era aqui que Pedro e Inês se encontravam em segredo. Conta-se que a existência de um pequeno canal, junto à hoje denominada Fonte dos Amores, servia para transportar as cartas dos dois amantes, mais acima o Mosteiro de Santa Clara-A-Velha. <br />
<br />
Do meu lado direito o bulício da cidade. Sigo pelo Parque do Vale das Flores passo o Estádio Cidade de Coimbra e vou até ao Penedo da Saudade. Miradouro da Cidade de Coimbra (de onde antes se via o Mondego e os arvoredos das suas quintas em redor hoje só se vêem prédios), eis o Parque dos Poetas.<br />
<br />
No Retiro dos Poetas, placas com poemas gravados de alguns dos maiores vultos da literatura portuguesa dedicados aos amores e às saudades de quem parte após o curso acabado.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-XT9msFkvdtk/Wlw8zNM9F9I/AAAAAAAAEHI/JfLA0BWk-rwkLoL-LQOJqzJ2buF8XpGZQCLcBGAs/s1600/PedraPenedo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-XT9msFkvdtk/Wlw8zNM9F9I/AAAAAAAAEHI/JfLA0BWk-rwkLoL-LQOJqzJ2buF8XpGZQCLcBGAs/s400/PedraPenedo.jpg" width="374" height="400" data-original-width="299" data-original-height="320" /></a></div><br />
Olho demorado a cidade. Imagino como devem ter sido as noites coimbrãs, da boémia, dos namoros dos estudantes e das tricanas. De Hilário com a guitarra a cantar poemas de amor, de sonhos desfeitos, de doutores e engenheiros com canudo e não de uma qualquer UnI, dos fados e baladas de Coimbra tocadas e cantadas por Carlos Paredes, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luís Goes, Fernando Machado Soares, das Tunas Coimbrãs e penso que se algum dia tive outra vida passei por certo por ser um estudante de Coimbra. Se há fado ou balada que me toca ela é sem dúvida ao som dessas guitarras e vozes para sempre imortais.<br />
<br />
<em>Coimbra tem mais encanto<br />
Na hora da despedida…</em><br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-22448064618260994482007-04-23T04:18:00.003+01:002018-01-15T05:59:54.125+00:00De Mogadouro a Freixo de Espada à Cinta<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/90D1QmCcvjY?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify><em> Vai marius por serras, montes e um rio serpenteia na paisagem, é o Douro. Aqui e ali, um coelho espreita <img src="https://2.bp.blogspot.com/--abWr7uIAc8/Wlw9lnYkp_I/AAAAAAAAEHU/bEmfAMygVF4YYsiEHF25miwLZUs_8O9KgCLcBGAs/s1600/coelho.gif" width="62"> . O seu podengo e o seu cavalo lusitano <img src="https://3.bp.blogspot.com/-CHWrg62S6nw/Wlw92zqg1SI/AAAAAAAAEHY/zqBjNmqQjeYq5jGdRn-OsCVppDGWYWj0QCLcBGAs/s1600/cavalocao.gif" width="78"> espantam-se com os barulhos da Primavera. Os pássaros <img src="https://1.bp.blogspot.com/-NYIErjmZcho/Wlw-L6CYApI/AAAAAAAAEHk/D9sQZBMm9jwQRKhoEEedYSEoezkIpsMNACLcBGAs/s1600/0015521.gif" width="75"> chilreiam, a água cristalina vai correndo nos ribeiros. Novas vidas nos covis, nos ninhos esperam ansiosamente pelos pais que lhes irão trazer nova ração. É assim a vida de quem sabe ser pais e não atiram os filhos para a valeta.</em><br />
<br />
<strong>Macaduron,</strong> de origem árabe, "nasce" como <strong>Mogadouro</strong> para a nacionalidade portuguesa em 1272 com foral do Rei D. Afonso III. D. Dinis em 1279 concede a vila aos Templários mandados para as calendas pela Ordem de Cristo até que os Távoras, não sendo nem Templários nem da Ordem mas tendo poderio, impuseram-se, até que o Marquês de Pombal os perseguiu e aproveitando o terramoto em Lisboa mandou enterrar alguns vivos que sendo Távoras ainda melhor.<br />
<br />
<em>Enfim!... É um Portugal dos pequeninos este, ninguém respeita ninguém e quem se lixa é sempre o mexilhão, Mogadouro não mais voltou a ser o que era.</em><br />
<br />
<img alt="Mogadouro - Pelourinho" src="https://4.bp.blogspot.com/-PbC9aVAJe8g/Wlw-cwVciSI/AAAAAAAAEHo/dZ_iIHfo2_4ywHjtDtl5wQQAU6q9U5ZbACLcBGAs/s1600/pelourMogadouro.gif" align="left" hspace="10"><br />
<br />
Desses tempos ainda restam a torre e ruínas do antigo castelo dionísico, perto do qual se pode ver o pelourinho, de fuste hexagonal e cabeça de quatro pontas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<img alt="Mogadouro - Ponte Romana" src="https://3.bp.blogspot.com/-Fy9VjsW54Jo/Wlw-xD8QyqI/AAAAAAAAEHw/8SEcOdalbjoG42RotOKtifDb8WsaNvyMQCLcBGAs/s1600/promMogadouro.jpg" align="right" hspace="10"><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A visitar: a Igreja Matriz, moradias brasonadas, o Convento de S. Francisco e que tal passar na ponte romana? É sempre um prazer passar por uma ponte por onde os romanos passaram e que resiste às intempéries e à passagem dos milénios!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<img alt="Mogadouro - Monóptero" src="https://4.bp.blogspot.com/-No9fpmjkYdE/Wlw-9bbKr_I/AAAAAAAAEH0/MYHl__fzwl8Nzgd36KFyMSV5OEkzf86QgCLcBGAs/s1600/monoptero.jpg" align="left" hspace="10"><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Curioso é o “Monóptero” de S. Gonçalo na velha Quinta de Nogueira pertença dos Távoras, um exemplar barroco de grande raridade, sem função rigorosa atribuída, mas com banquinhos no seu interior nada melhor serviria do que passar ali os Távoras as suas tardes ouvindo o chilrear da passarada, digo eu!...<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<img alt="Mogadouro - Fraga da Letra" src="https://4.bp.blogspot.com/-JjvQcxNNbpM/Wlw_IeL_0XI/AAAAAAAAEH4/LEPU9xBGfgc0s_uSGBH4UXBOpCagx-3_wCLcBGAs/s1600/escrupestre.jpg" align="right" hspace="10"> Subir à serra da Castanheira e admirar o lençol branco formado pelas flores das amendoeiras na Primavera ou até a Penas Roias para visitar o velho Castelo e a torre obra de Gualdim Pais, o panorama subjacente e visitar as pinturas rupestres «Fraga da Letra» é, com uma boa e posta de vitela a famosa «Posta Mirandesa», um bom passeio para quem teima ir para fora com tanta coisa bela cá dentro.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-gTGXZ5ZG_vA/WlxB4ZqV2yI/AAAAAAAAEIE/zagl_eYpUrkUy85U5f7O2ZVEJlFUDdRrQCLcBGAs/s1600/FEC32_1024x768.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-gTGXZ5ZG_vA/WlxB4ZqV2yI/AAAAAAAAEIE/zagl_eYpUrkUy85U5f7O2ZVEJlFUDdRrQCLcBGAs/s400/FEC32_1024x768.jpg" width="300" height="400" data-original-width="576" data-original-height="768" /></a></div><br />
<br />
<strong>Freixo de Espada à Cinta</strong>, será anterior a Cristo, pré-romana como o atestam a arte rupestre pré-histórica, da qual o “cavalo de Mazouco” foi o primeiro sítio de arte rupestre paleolítica de ar livre descoberto no território português, e uma enorme quantidade de vestígios castrejos que ainda hoje podem ser apreciados nos seus devidos locais.<br />
<br />
Seria um fidalgo Godo – Espadacinta – que aqui se bateu com bravura ou de um fidalgo leonês cujo brasão tinha um feixe e uma espada ou o próprio El-Rei D. Dinis (este Rei está em todas, não bastava ir a Odivelas… <a href=http://marius70.blogspot.pt/2008/02/as-alcovas-reais.html target="_blank">(Clicar Aqui)</a> que encostara a sua espada a um freixo (que ainda existe junto ao Castelo) aquando da sua visita à terra a dar o nome a esta vila.<br />
<br />
No início do século XVI era uma poderosa praça de guerra cercada de muros e dotada de três torres mestras, das quais actualmente só resta uma, facetada e heptagonal exemplar único na Península Ibérica: a denominada Torre do Galo ou do Relógio.<br />
<br />
O pelourinho manuelinho, conservando ainda todas as ferragens no capitel, as suas fragas, a Igreja da Misericórdia, as amendoeiras em flor, a Fonte de Ménones, a Calçada de Alpagares, a Ponte Romana do Candedo, a Ribeira do Mosteiro, os seus trabalhos artesanais em seda (até 1791 Freixo possuiu 4 fábricas e 71 teares), e a paisagem magnifica que a região demarcada do Douro oferece ao visitante, é o suficiente para todos os anos este roteiro ser obrigatório.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-GFZ5AtSICxw/WlxCYuiH3wI/AAAAAAAAEIM/22b8NWeY2hYFhDy9XsPUga2b9nGlkMaogCLcBGAs/s1600/amendoeiras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-GFZ5AtSICxw/WlxCYuiH3wI/AAAAAAAAEIM/22b8NWeY2hYFhDy9XsPUga2b9nGlkMaogCLcBGAs/s400/amendoeiras.jpg" width="400" height="212" data-original-width="490" data-original-height="260" /></a></div><br />
<em>O Mês de Abril vai lentamente chegando ao fim. Diz o povo:<br />
<br />
<font color=#0000FF> <br />
Abril chove para os homens e Maio para as bestas.<br />
<br />
Abril chuvoso, Maio Ventoso, fazem o ano formoso.<br />
<br />
Abril e Maio são as chaves de todo o ano.<br />
<br />
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.<br />
<br />
Abril mete a ovelha no covil.<br />
<br />
Abril molhado, ano abastado.<br />
<br />
Abril, águas mil, cabem todas num barril.<br />
<br />
Abril, ora chora, ora ri.<br />
<br />
Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.<br />
<br />
As manhãs de Abril são boas de dormir.<br />
<br />
Borreguinho de Abril, tomaras tu mil.<br />
<br />
Em Abril abre a porta à vaca e deixa-a ir.<br />
<br />
Em Abril cada pulga dá mil.<br />
<br />
Em Abril queimou a velha, o carro e o carril; e uma cambada que ficou, em Maio a queimou.<br />
<br />
Negócios no mês de Abril, só um é bom em mil.<br />
<br />
Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.</font><br />
<br />
Velha sabedoria do povo que com o buraco de Ozono e as alterações climáticas dentro de alguns anos só fará parte da memória colectiva e nada mais.</em></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-64594045280537099452007-04-02T04:19:00.000+01:002018-01-15T06:05:10.237+00:00Lendas, Amendoeiras e Castelos<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/ZdLjsQtMsZs?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe> <br />
<br />
<div align=justify><em> O sol vai aquecendo lentamente o dia. O frio ainda aperta mas pelos campos, pequenas flores; Malmequeres, Dentes-de-Leão vão fazendo a sua aparição. A passarada prepara o ninho para a prole que vem a caminho. As andorinhas, apanhadas de surpresa pelo frio, ainda não surgiram pois marius não as vê nos beirais das casas. É a Primavera que timidamente vai chegando.</em> <br />
<br />
Em <strong>Sendim da Serra</strong> uma pastora tinha o costume de fazer um altar, enquanto o rebanho pastava na serra, colocando uma estampa de uma senhora e ornamentando com flores silvestres que apanhava no campo. Intrigava-lhe o facto de ali haver tais flores e, então, apareceu-lhe uma linda senhora que lhe explicou a razão. <br />
<br />
A pastora contou à mãe o sucedido e esta não acreditando mandou a filha para outro local. A pastorinha voltou a fazer o altar no novo local e a senhora voltou-lhe a aparecer pedindo que lhe fosse edificada uma Igreja. O povo ao saber de tal pedido acompanhou a pastora levando duas velas na mão para acender quando a senhora surgisse. Velas acesas e o povo sem nada ver. De repente levanta uma violenta tempestade de ventania e pó, as velas permanecem acesas e as chamas ficam firmes e hirtas como uma barra de ferro. Aí o povo acreditou e mandou erigir uma capela mas não no local onde a pastora queria. Pareciam as obras de S. Engrácia, faziam durante o dia e à noite tudo ruía. Lá resolveram fazer a vontade à pastorinha e construíram o templo no local desejado. Certo é que as obras andaram mais depressa que o previsto (era bom que fosse sempre assim) e bem depressa a Igreja dedicada a Nossa Senhora de Jerusalém ficou concluída, e tudo porque um dia desceu à terra para explicar que as flores podem nascer sem serem semeadas. <br />
<br />
Estas lendas, com algumas variantes, aparecem muito por este país à beira-mar plantado e quase sempre são pastorinhos os que têm o ensejo de serem escolhidos pelos poderes divinos. <br />
<br />
<br />
<img alt="Alfandega da Fé" src="https://1.bp.blogspot.com/-HlNDwNhV2Uw/WlxD6YwRagI/AAAAAAAAEIY/QH5GLpQ5NYQBB8Kv1vJheRNRCqc9SMt8gCLcBGAs/s400/AlfandegaFe.jpg" align="left" hspace="10"> Vai Marius a caminho de <strong>Alfândega</strong> (agora talvez leve mais um L e passe a ser Allfandega) <strong>da Fé</strong>. De fundação árabe, Alfandagh levou o Fé de alguns cavaleiros de esporas douradas que ajudaram os habitantes de Chacim e Castro Vicente a libertá-los da tutela e imposto desonroso do rei mouro que ali governava, que mais não era que entregar a este rei as donzelas da região (já contei esta lenda no tema <a href="http://rumoaosul-marius70.blogspot.com/2006/01/pelo-rio-tua.html" target="blank">«Pelo Rio Tua»</a>). É o que faz meterem-se os mouros com este povo abençoado, portam-se mal levam com as contas do rosário. <br />
<br />
Sem monumentos dignos de visita, há que ir até á serra de Bornes e ver as gravuras rupestres dos tempos pré-históricos da Quinta da Ridevives. <br />
Há que aproveitar esta época para ver as amendoeiras em flor ou ir até à Ermida de Nossa Senhora dos Anúncios e dali avistar um cenário fascinante desde o vale às montanhas circundantes. <br />
<br />
Se estiver na hora da janta nada melhor que aproveitar a excelente comida regional com as típicas greladas nos lagares de azeite. Um bacalhauzinho assado, uns grelinhos tenrinhos, batatinhas assadas, tudo molhado no azeite novo e regado com o bom vinho não há repasto melhor. Ter atenção que deve beber com moderação e se não fizer não se meta à estrada e durma um sono descansado. É que já é moda andar em contramão e não seja mais um que devido aos efeitos etílicos não veja a tal sinalização e coloque a sua e outras vidas em risco. <br />
<br />
Em <strong>Sambade</strong> veja a bonita Igreja Matriz setecentista, de frontaria joanina e os fornos tradicionais. Aproveitaram os de Sambade, o desenvolvimento que lhes trouxeram as antigas indústrias de lã e do bicho-da-seda e dela fizeram pólo de desenvolvimento rural. <br />
<br />
Marius vai a seguir até Mogadouro. Irá ver da Barragem da Estevinha as ruínas da torre de menagem do Castelo de Mogadouro de quem eram alcaides-mores, os Távores fidagais inimigos do Marquês de Pombal.</div><br />
<center><img alt="Mogadouro - Castelo" src="https://3.bp.blogspot.com/-HpCTYyk8HC4/WlxEQbff7CI/AAAAAAAAEIc/Mr6hWQqPyeQLnHsylYQogY0ewy6gEfRIQCLcBGAs/s400/CastMogadouro.jpg"></center><br />
<br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-77284751403096571842007-02-12T04:21:00.005+00:002018-01-15T06:33:09.009+00:00Por costumes e terras transmontanas<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/W-sdoLpmK5k?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify> <em>Dos telhados para as goteiras cai a água da chuva. O céu, cinzento, dá o mote para que muitas pessoas se desculpem para não cumprirem o seu dever cívico. Anos atrás tinha sido o calor, verão, praia, agora é a chuva, lar doce lar. Depois lastimam-se mas este é um povo que sempre se lastimou e nada faz para mudar o rumo dos acontecimentos, é sereno, já alguém o disse.<br />
<br />
Marius olha para o horizonte certo de que a paisagem, os usos e os costumes deste país foi feito através de milénios de natureza, de homens e mulheres que sabiam enfrentar as vicissitudes, se não com um sorriso que as dificuldades não davam para isso, com a força dos seus braços e do seu querer. Já não há Homens como dantes, ai Maria da Fonte que não havia Cabral nenhum que não andasse à frente das tuas pistolas.</em><br />
<br />
<br />
<img src="https://3.bp.blogspot.com/-sXYjklBpXUY/WlxFJLwr9DI/AAAAAAAAEIo/tEGQzHugfCMQkI4wgDnzWGx648NARA1AwCLcBGAs/s400/antaZede.jpg" align="left" hspace="10"> <strong><br />
<br />
Carrazeda de Ansiães</strong> cuja fundação é anterior à da Nacionalidade, tem na anta de Zedes ou na gruta da Rapa, com inscrições rupestres, vestígios da sua antiguidade.<br />
<br />
<br />
<br />
<img src="https://2.bp.blogspot.com/-fxE1l0kmm7Q/WlxK3UrYvEI/AAAAAAAAEJI/4BTJEsmavzkdXJ2A98Ffh4qM4NXcr_sXwCLcBGAs/s150/pelourcaransiaes.jpg" align="right" hspace="10"><br />
A Vila de Carrazeda de Ansiães tem vários pontos de interesse, como casas nobres, Moinho de Vento, o velho pelourinho já não existe tendo sido o actual erguido no século XVIII. Junto ao pelourinho duas fontes; a Fonte das Sereias , com se de taça fora de pedra bordada sustentada por sereias e outra Fonte com Tanque, encravada num dos muros de cantaria. Nessa mesma zona cheia de rusticidade, os antigos Paços do Concelho e os actuais, a Igreja Matriz de 1790 com Torre lateral esquerda quadrangular e de 4 sinos, toda a zona antiga, o Jardim ou Praça D. Lopo Vaz de Sampaio.<br />
<br />
Se encantado vem de Carrazeda nada como ir até aos arredores apreciar em Lavandeira a sua Santa Eufémia, entre o renascença e o barroco, com um alpendre cujo telhado é sustentado por colunas toscanas.<br />
<br />
<br />
Em <strong>Mazagão</strong> a sua esplêndida igreja, as Caldas de S. Lourenço e as suas sulfurosas águas; a pré-histórica vilazinha da Castanheira; a Igreja de Seixo de Ansião com o seu altar de talha dourada, ou ir até às Calçadas ver a fraga rectangular com uma marca semelhante a uma ferradura e que dizem ter sido feita pelo cavalo do Diabo quando, numa Sexta-Feira, vendo feiticeiras a dançar junto ao fragueiro do Silva esporou o seu corcel que, de crina ao vento, se juntou a elas depois de um voo de 6500m. Deve ter “roubado” o cavalo Pégaso ao Hércules.<br />
<br />
De <strong>Senhora da Ribeira</strong> podemos apreciar o Douro e os seus vinhedos.<br />
<br />
Os transmontanos sabem como curar a espinhela caída e com massagens no antebraço e fazendo impressões com o polegar molhado em azeite vão dizendo a seguinte ladainha:<br />
<br />
<em>Espinhela, tim tim no osso<br />
Com Nosso Senhor Jesus Cristo<br />
Esteve no horto<br />
Espinhela tim tim nas veias<br />
Com o Nosso Senhor Jesus Cristo<br />
Esteve em terras alheias.<br />
Espinhela, tim tim forte<br />
Com Nosso Senhor Jesus Cristo<br />
Esteve na hora da sua morte.<br />
Em louvor de Deus, Virgem Maria<br />
E S. Gonçalo um Pai-Nosso e Ave-Maria.<br />
<br />
Deus me ajude<br />
Em nome da virtude.</em><br />
<br />
Nada como a fé e até a espinhela sobe com tamanha devoção.<br />
<br />
Vai marius a caminho de <strong>Vila Flor</strong> sem antes não deixar de ver as imponentes ruínas do Castelo de Ansiães e da Igreja de S. Salvador.<br />
<br />
Do Altos da Senhora da Lapa e da Nossa Senhora da Assunção vê marius magníficas paisagens de Vila Flor. Conta a lenda que D. Dinis, no caminho para a raia de Miranda, ao encontro de sua noiva - Isabel de Aragão, achou o lugar tão belo e florido que, a jeito de trovador, lhe chamou ”FLOR” e, assim, por acção do rei-poeta, a Póvoa de Além-Sabor se alterou para Vila Flor. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_MtCQirCYIc/WlxFxvUslVI/AAAAAAAAEI0/1ZZqDcE4baUT-50XQg4PyqjucGp3boMegCLcBGAs/s1600/ddinisvflor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-_MtCQirCYIc/WlxFxvUslVI/AAAAAAAAEI0/1ZZqDcE4baUT-50XQg4PyqjucGp3boMegCLcBGAs/s400/ddinisvflor.jpg" width="400" height="164" data-original-width="455" data-original-height="186" /></a></div><br />
<br />
<br />
<img src="https://4.bp.blogspot.com/-QlneirSHHuw/WlxF30vRCyI/AAAAAAAAEI4/Pax9IKAM6ZwK7FYsKIplmDVxqZ7Wl0JZwCLcBGAs/s1600/portaddinis.jpg" align="left" hspace="10"> <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
D. Dinis mandou construir um castelo e muralhas com cinco portas em arco, restando hoje só uma que tem o nome do monarca.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A igreja Matriz, reconstruída no século XVIII em estilo barroco, a sua magnífica biblioteca-museu com cerca de 20000 volumes, o outeiro da Senhora da Lapa, a barragem hidroagrícola do <strong>Peneireiro</strong> e as águas mineromedicinais de Bensaúde no fértil vale da Vilariça.<br />
<br />
Vai marius até às <strong>Vilas Boas</strong> onde por lá andaram civilizações proto-históricas como também se pode ver nas anexas de Ribeirinha, junto ao rio Tua, e de Meireles, no sopé da serra de Faro.<br />
<br />
De visita obrigatória é o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, construído no local em que existiu outrora um castro, um importante local de defesa, pelo que ainda se pode de ver pelas muralhas existentes.<br />
<br />
Está de chuva. Lar doce lar disseram milhares de portugueses. Com a túnica sobre os ombros marius abriga-se. Chega por hoje de viajar pelo país, melhores dias virão!<br />
</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-39766023665182499172006-12-02T04:22:00.000+00:002018-01-15T06:40:44.175+00:00Na Vinha e no Vinho!<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/e-KrXBou_l4?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify><em> Marius alonga o seu olhar para além das Serras. Um país alagado, por incúria por desleixo de quem há séculos não sabe aproveitar os recursos hídricos que a natureza nos dá, criando condições para que a água não esvazie para o mar e para que, em tempo de sequeiro, o mesmo seja atenuado. <br />
<br />
Hoje estende-se a mão a pedir verbas considerando calamidade pública por água a mais, amanhã estende-se a mesma mão por falta dela. Vá-se lá compreender isto.</EM><br />
<br />
Marius deixa Fisgas de Ermelo para trás. A passo, o seu cavalo lusitano, envereda por caminhos escorreitos a caminho de Sabrosa. O seu podengo, <img alt="podengo" src="https://4.bp.blogspot.com/-wDbMFEi-zIs/WlxLxXz6tyI/AAAAAAAAEJU/i-Ib5mJKXNAxZRsVlLUe6sFnOFGdagjDgCLcBGAs/s1600/cao.gif" width="75" height="73" border="0" /> aqui e ali espreita os buracos à procura de coelhos que, pelos vistos, estão no remanso da sua toca preparando o espaço para uma nova ninhada que irá nascer. <br />
<br />
O céu carregado de nuvens escuras dá o mote para um cavalar mais rápido. A chuva tem caído dos céus e o que deveria ser uma bênção é um ai Jesus de quem vê a sua casa alagada por a ter construído nos veios freáticos ou junto à zona ribeirinha. Mas já não há cura… Será sempre assim!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-bGnGWpy39uo/WlxL-hZRsWI/AAAAAAAAEJY/KJEputSiMW0_P3tiyWVmgHegOkoX2ScyACLcBGAs/s1600/vistasabrosa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-bGnGWpy39uo/WlxL-hZRsWI/AAAAAAAAEJY/KJEputSiMW0_P3tiyWVmgHegOkoX2ScyACLcBGAs/s1600/vistasabrosa.jpg" data-original-width="500" data-original-height="250" /></a></div><br />
<strong>Sabrosa</strong>, antiga Soverosa, contém vestígios que datam do Neolítico, como sejam os numerosos monumentos funerários, antas ou dólmenes, de tipo mamoa. No castro quase contíguo, o Castelo dos Mouros, ou Cristelo como é hoje conhecido o Castelo da Sancha do tempo da Idade do Ferro sofreu alterações aquando a permanência dos romanos no nosso país.<br />
<br />
<br />
<br />
<img src="https://4.bp.blogspot.com/-3Lf9yfahD4U/WlxMLAdZfZI/AAAAAAAAEJc/slTgCGW1MJIpfk3Nd5l48cdFuUiSzmkOgCLcBGAs/s1600/fmagalhaes.jpg" align="left" hspace="10"> Em Sabrosa nasceu Fernão de Magalhães, como infelizmente a história que se ensina hoje aos nossos filhos já se esqueceu dos grandes vultos da nossa História, é bom relembrar que se deve a Fernão de Magalhães, os planos e execução parcial da primeira viagem de circum-navegação do planeta. Nas hoje Filipinas, foi morto Magalhães numa rixa com os indígenas, a quem pretendia converter ao cristianismo. Foi o seu piloto Elcano que acabou por fazer o resto da viagem.<br />
<br />
A Igreja Matriz de Sabrosa, com a sua capela-mor do séc. XVII, a Casa dos Canavarros e a dos Marinhos, o pelourinho de Gouvães e os numerosos brasões de solares e a paisagem de Covas de Moura merecem uma visita.<br />
<br />
Triste é que ao procurar fotos de Sabrosa para melhor a dar a conhecer encontrei do jogador Simão, que também é Sabrosa muitas, da vila de Sabrosa poucas. Vale a pena saber dar uns pontapés na bola.<br />
<br />
Vamos lá até Favaios provar a boa casta dos vinhos do Douro, o vinho do Porto e o Moscatel.<br />
<br />
<strong>Favaios</strong> é a antiga Flavius, situada num planalto a 600m de altitude, vive essencialmente da agricultura, nomeadamente da cultura vitivinícola.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-GN4GsSCY3Ww/WlxMagtd9fI/AAAAAAAAEJk/nElrBbN8AH0NxC31WsGZwzu6yH1VBgWFwCLcBGAs/s1600/vinhafavaios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-GN4GsSCY3Ww/WlxMagtd9fI/AAAAAAAAEJk/nElrBbN8AH0NxC31WsGZwzu6yH1VBgWFwCLcBGAs/s400/vinhafavaios.jpg" width="400" height="206" data-original-width="498" data-original-height="257" /></a></div><br />
<br />
Em Favaios, aconselha-se uma visita mais demorada à Igreja Matriz, as Capelas (Santo António, São Jorge, Santa Barbara, São Paio e Senhor Jesus do Outeiro), à Casa dos Sepúlveda, à Fonte do Largo, à Casa Brasonada, ao Castro Romano, à Calçada Romana e ao morro de Santa Barbara. O seu belo chafariz e a Casa dos Távoras são ainda aqui monumentos.<br />
<br />
O pão caseiro ainda é o que era e com um “conduto” a condizer acompanhada de uma boa pinga de Moscatel olhando para os socalcos dos vinhedo, temos um dia bem passado.<br />
<br />
De Favaios vai até Alijó, onde marius já estivera depois de subir e descer serras. Será que ainda existe o secular e frondoso plátano, plantado em 1856? <br />
<br />
<br />
<img src="https://4.bp.blogspot.com/-hRD08H7yfMU/WlxMkrLiwqI/AAAAAAAAEJo/Aat4Fo7jFcEwP9XPLpIywuU6rQVAeCwRwCLcBGAs/s400/pelourinhoalijo.jpg" align="left" hspace="10"> <strong>Alijó</strong>, cuja etimologia teria origem na existência na zona da histórica Legião Romana Legio Spetima Gemina, outras teses indicam que o topónimo advém da palavra Ligioo, mais tarde Lijó, que pretenderia significar a natureza pedregosa do local naquela época. <br />
<br />
Implantada num eixo que terá servido de fronteira em permanentes mutações, dividia cristãos e árabes. Foi por estes destruída e posteriormente abandonada.<br />
<br />
Teve o primeiro foral em 1226. O pelourinho, as capelas do Senhor do Andor ou dos Passos; a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, no monte da Cunha, a de Santo António, no monte do Vilarelho, os brasões da Casa de Mansillas e da Casa de Arca são conjuntos arquitectónicos de real valor e em Carlão são notáveis as pinturas rupestres de Pala Pinta.<br />
<br />
<br />
<br />
Em <strong>S. Mamede de Ribatua</strong> nasceu o escultor Teixeira Lopes e a laranja destes sítios é considerada a melhor de Portugal.<br />
É aqui em S. Mamede que se pode observar o rio Tua em toda o a sua imponência, do caminho-de-ferro que o serpenteia e das serras que o circundam. <br />
<br />
Vai marius até <strong>Vilar de Maçada. </strong><br />
<br />
São Mamede t’acrescente<br />
São Mamede te levede<br />
São João faça bom pão<br />
Em louvor da Virgem Maria<br />
Padre Nosso, Ave Maria<br />
<br />
Assim se benze o pão feito artesanalmente em Vilar de Maçada, tal como em Favaios. Denominada inicialmente por Vilar de Nossa Senhora da Conceição, recebeu foral de D. Afonso III em 1253 e, segundo a lenda, deve o seu nome actual a um fidalgo mouro que teria salvo a vida a D. João I na batalha de Aljubarrota com o seu maço, daí… Maçada. Afinal nos mouros também havia boa gente senão a história de Portugal teria perdido o nosso rei prematuramente e não haveria a ínclita geração que tanto deu a Portugal.<br />
<br />
A visita à Igreja Matriz, a sede dos Correios edificada sobre as ruínas da antiga Capela de Borba e a casa da Fonte fazem o ramalhete de visitas a esta freguesia que tem como patrono o Senhor Jesus da Capelinha com festejos em princípios de Julho.<br />
<br />
Depois de um pão caseiro, do vinho Moscatel e de laranjas do melhor que se produz em Portugal, marius afaga o seu cavalo, alisa-lhe o pelo e com o seu podengo a saltitar à sua frente dirige-se à pousada para um repouso merecido.</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-21333185994364555482006-10-15T04:23:00.003+01:002019-06-15T16:47:01.757+01:00... Nos Algarves!<embed src="https://mtp1.com.sapo.pt/RFdLuzdeTaviraCorridinhoMariola.mp3" type="audio/x-pn-realaudio-plugin" controls="ControlPanel" height="27" width="80" autostart="false"></embed><br />
<br />
<em>Intróito<br />
<br />
Algarve não são só praias, a estória dos povos que demandaram a estas paragens, as suas lendas e os seus costumes serão objecto de uma escrita mais detalhada quando de novo voltar a estas paragens no seguimento do meu «Rumo ao Sul» que por enquanto permanece bem lá no norte em <a href="http://mariusangol.blogs.sapo.pt/arquivo/2006_05.html#1021880" target="_blank">Fisgas de Ermelo</a></EM><br />
<br />
Desce Marius a Serra de Monchique, depois das maravilhosas paisagens desfrutadas, a caminho de <strong>Alvor</STRONG> onde permanecerá por algum tempo, sendo daí o seu ponto de partida para outras viagens por terras algarvias.<br />
<br />
Com o terramoto de 1755 e com a supressão dos Távoras (Alvor era pertença desta família), Alvor ficou reduzida à categoria de aldeia dependente de Portimão.<br />
<br />
Tendo Alvor um areal bastante intenso, é na Praia dos Três Irmãos que marius desfruta o calor, a água tépida e a aventura de passar o mar para as outras praias adjacentes, seja em preia-mar ou baixa-mar. <br />
<br />
Ali todos os anos vê marius os filhotes das gaivotas a dar os seus primeiros bater de asas, o grasnar para serem alimentados e curiosamente assistiu a uma cena que lhe fez lembrar o filme «Os Pássaros» de Alfred Hitchcock.<br />
<br />
Um filhote de gaivota estava junto à praia numa saliência de uma das muitas falésias existente. Um veraneante, sem se aperceber, aproximou-se do local da cria. De repente marius ouve um grasnar violento e do alto da falésia vem em voo picado uma gaivota em direcção ao sujeito. Passa várias vezes a rasar a cabeça do mesmo e este nem se apercebia da situação. Chamou marius a atenção e, só quando a gaivota voltou de novo ao ataque é que ele percebeu a razão daquilo e só quando se afastou do local é que a gaivota voltou a sua atenção para o filhote que junto a uns tufos de ervas piava pedindo auxílio.<br />
<br />
Em <strong>Abicada</STRONG> marius pisa solo romano, as suas “caligas” passeiam onde passearam, amaram e viveram romanos. Hoje está tudo ao abandono. <br />
<br />
Visita a <strong>Alcalar,</STRONG> uma necrópole pré-histórica. Sem guia, com indicações quase sumidas, a visita só valeu por sentir que ali outros povos assentaram arraiais e faziam, como hoje, o culto aos seus entes falecidos. Para esquecer tanto desleixo à cultura dos povos que nos antecederam.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-UyechUANUFQ/WmAwhl7vs2I/AAAAAAAAFAE/Y-DF_dXcE60GAVlH-UyN70Od3TUS8fLSwCLcBGAs/s1600/Alcalar_Necr%252B%25C2%25A6polis_neol%252B%25C2%25A1tica2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-UyechUANUFQ/WmAwhl7vs2I/AAAAAAAAFAE/Y-DF_dXcE60GAVlH-UyN70Od3TUS8fLSwCLcBGAs/s400/Alcalar_Necr%252B%25C2%25A6polis_neol%252B%25C2%25A1tica2.jpg" width="300" height="400" data-original-width="500" data-original-height="666" /></a></div><br />
<strong>Abicada</strong><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-14jFUEWNOjE/WmAwpKiL5ZI/AAAAAAAAFAI/zfSR-WZ7ZT4hJKiBW-eQm-eUuzRfRGuZgCLcBGAs/s1600/Abicada_Ruinas_Romanas1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-14jFUEWNOjE/WmAwpKiL5ZI/AAAAAAAAFAI/zfSR-WZ7ZT4hJKiBW-eQm-eUuzRfRGuZgCLcBGAs/s400/Abicada_Ruinas_Romanas1.jpg" width="400" height="300" data-original-width="500" data-original-height="375" /></a></div><br />
Segue marius até Estombar, terra de Ibn Amar e vai a <strong>Mexilhoeira de Carregação</STRONG> à procura das grutas de Ibn Amar nas margens do rio Arade.<br />
<br />
Uma placa com os dizeres sumidas e com uma pequena seta indicava a direcção. O carro feito cavalo, avança por aqueles trilhos onde só um todo terreno se pode aventurar. Fim de linha e mais nenhuma indicação. Sai e tenta saber se está no sítio certo. Uma casa arruinada é o que resta, nada nem ninguém mais… só o silêncio!<br />
<br />
A seu lado esquerdo o rio Arade, segue a pé e o que se vê? Uma placa no chão toda partida, incompleta. Tenta marius juntar as partes que restam e lá faz referência às grutas mas onde?!<br />
<br />
A lama envolve-lhe as sandálias, tenta ir pelos penhascos sem um rumo definido, esperando que a intuição faça o resto. Sente que está perto mas não estava preparado para aquele tipo de terreno.<br />
<br />
Volta ao ponto de partida e encontra um velho pescador que diz onde elas se encontram. Disse ele que já em tempos de menino ia para essas grutas, com uma lanterna e um baraço (ai esta expressão que marius se esqueceu e só quando meses depois voltou ao Algarve é que junto às ruínas romanas em Abicada voltou a relembrar-se desse termo) e que agora as mesmas estavam encerradas com um portão de ferro e só de vez em quando iam lá os escuteiros.<br />
<br />
… E assim se faz a história cultural deste País. Falha de indicações, tabuletas partidas, e grutas fechadas. Vi mais tarde o mesmo em Abicada.<br />
<br />
Vai marius ver as esculturas de areia em Pêra. Vale a pena ir até lá. Um trabalho fabuloso, o ano passado o tema era sobre «Os Mundos Perdidos» este ano sobre a «Mitologia». <br />
<br />
Sobe de novo até Monchique meses mais tarde. Vai ver a Quinta da Mina que tinha ficado pendente na visita anterior a terras algarvias. Da família Mascarenhas, dona da Quinta, restam as fotografias, os cachimbos e pouco mais. Vendida e recuperada, é um local de visita para quem gosta de ver os animais no campo e o sabor do vento, diferente do da cidade.<br />
<br />
<strong>P. Mina</STRONG><br />
<br />
<center><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-6PzlRou6CBM/WmAzHEoo_GI/AAAAAAAAFAY/6ApWou8bDrYTE5-CP_BimTI6fBcm13U1wCLcBGAs/s1600/Monchique_Q._Mina-ANIMATION.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-6PzlRou6CBM/WmAzHEoo_GI/AAAAAAAAFAY/6ApWou8bDrYTE5-CP_BimTI6fBcm13U1wCLcBGAs/s400/Monchique_Q._Mina-ANIMATION.gif" width="400" height="299" data-original-width="500" data-original-height="374" /></a></div></center><br />
Por baixo de marius corre o rio ao qual uma ponta fez mudar de nome, o Rio Gilão. Nascido no alto da serra, lá para o Gaborro ou para a Água dos Fusos, o Rio Séquita chegado à ponte romana em <strong>Tavira</STRONG>, transforma-se em Gilão e com este nome se lança ao mar.<br />
<br />
Cidade das 37 Igrejas com as muralhas do Castelo em bom estado e com o seu interior ajardinado, Tavira é uma cidade que pouco restou do terramoto de 1755. Lembra uma pequena Veneza com a escadaria do seu casario beijando as águas do rio. O Memorando, à entrada da velha ponte, relembra o feito dos portugueses que em 1383 se defenderam quando os vassalos de D. Beatriz lhes quiseram impor o rei de Castela… aí Valentes!<br />
<br />
Vai marius visitar algumas Igrejas após um «Arroz de Polvo», e junto a duas Igrejas ali ficou durante algum tempo, olhando em redor. <br />
<br />
Desce até ao centro e segue caminho até ao «Pêgo do Inferno» com um calor infernal. Parecendo que estava num filme do «Indiana Jones» sobe e desce por escadarias de madeira até um recanto onde vê o Inferno não o de Dante mas de muita gente balançando-se e mandando-se do espaço para as águas turvas.<br />
<br />
Soube bem a cervejinha fresquinha bebida naquele calor tórrido que faz lembrar que se o Algarve não é só praias naquele momento bem apetecia a marius estar mergulhado até ao pescoço na «Praia dos Três Irmãos».<br />
<br />
<strong>Tavira</STRONG><br />
<br />
<center><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DCDzz10VjfQ/WmA1nhCgXmI/AAAAAAAAFAs/wBuajTL8UB4jM5iSJPxKpsXX2E98JVORACLcBGAs/s1600/Tavira_Igreja-ANIMATION.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-DCDzz10VjfQ/WmA1nhCgXmI/AAAAAAAAFAs/wBuajTL8UB4jM5iSJPxKpsXX2E98JVORACLcBGAs/s400/Tavira_Igreja-ANIMATION.gif" width="400" height="299" data-original-width="500" data-original-height="374" /></a></div></center><br />
<br />
P.S. - Os meus agradecimentos ao Sr. Agostinho e família do Restaurante "A Fóia" em Alvor pela simpatia e pelas preciosas indicações sobre Monchique e o Pico da Fóia.<br />
<br />
<center><img alt="Restaurante «A Fóia» - Alvor" src="https://3.bp.blogspot.com/-hOCfg8mgwqE/WmA10sV_AkI/AAAAAAAAFAw/wXwgdnmRtcEWZc5pu9tMzPlYQPusGdQzACLcBGAs/s1600/000353bh.jpg"></center><br />
<br />
Vai marius a caminho da vida que o espera no seu dia-a-dia, desejando que pró ano outros recantos deste país sejam visitados.Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-14977110356713684502006-09-12T04:26:00.000+01:002018-01-18T06:07:06.180+00:00... Até aos Algarves<embed src="http://mtp1.com.sapo.pt/RFFaroCorridinhoAlgarvio.mp3" type="audio/x-pn-realaudio-plugin" controls="ControlPanel" height="27" width="80" autostart="false"></embed><br />
<br />
<div align=justify> Marius, depois de uma subida íngreme, encontra-se em frente àquilo que antigamente se chamou de castelo. Está em <strong>Aljezur</strong>.<br />
<br />
Um povo mede-se pelo respeito aos seus ancestrais. Os políticos, pelo que fazem para salvaguardar o património cultural desse mesmo povo. Em Aljezur isso é palavra vã. O castelo outrora octogonal, não passa de ruínas, as pedras resistentes estão a ser carcomidas pelo efeito do tempo e nada mais resta senão mato. <br />
<br />
Salva-se a vista magnífica que se desfruta quer sobre a planície, quer sobre a Costa.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-MfEIs3VB74M/WmA5fAZmkLI/AAAAAAAAFBo/TqwbdZMgjlA9tBgoj8L6e38SdbMMMcCoQCLcBGAs/s1600/casteloaljezur.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-MfEIs3VB74M/WmA5fAZmkLI/AAAAAAAAFBo/TqwbdZMgjlA9tBgoj8L6e38SdbMMMcCoQCLcBGAs/s1600/casteloaljezur.gif" data-original-width="494" data-original-height="321" /></a></div><br />
Vai marius até ao centro de <strong>Portimão</strong>. Muitas idas até às praias e, curiosamente, nunca tinha ido ao centro. Cidade agradável (mais tarde contarei neste meu Rumo pormenores desta e de outras terras visitadas), marius vai provar os sabores de gelados de um homem que, oriundo de Santa Maria de Feira, encontrou o seu pai pela primeira vez 47 anos passados. Vale a pena saber a história deste homem que fez de tudo profissão, até que um dia, a sua vida cruzou com a do seu pai, se não são os genes o que será, quando tudo abandonou e seguindo as pisadas do progenitor (que figura desde 1991 no Livro de Recordes do Guiness por ter criado mais de 700 sabores) criou a sua "Gelataria Coromoto", agora em Portimão, onde se pode provar tanto um gelado de sardinha como de… “Viagra”. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-hTbhJNaU5IA/WmA3zGZJdvI/AAAAAAAAFBI/n2WgBUO9USoUi2sQndxpFAP4hoW1BWAHwCLcBGAs/s1600/geladoscoromoto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-hTbhJNaU5IA/WmA3zGZJdvI/AAAAAAAAFBI/n2WgBUO9USoUi2sQndxpFAP4hoW1BWAHwCLcBGAs/s400/geladoscoromoto.jpg" width="286" height="400" data-original-width="125" data-original-height="175" /></a></div><br />
Sobe marius a <strong>Serra de Monchique</strong>. Ali visita um retiro para animais em vias de extinção. Não sou contra mas se houver tantos retiros destes por esse mundo afora, não haverá dúvidas que, as espécies lá representadas, ficarão extintas no… local de origem. Quando é que se vê uma “Chita” dentro de um cercado, solitária, a olhar para o horizonte sem espaço para correr e apanhar a sua presa, predicados que a natureza lhe deu?!...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-3k30sEUbpZ4/WmA4HFSx-hI/AAAAAAAAFBM/2y21WpvusEceSHqliy4to8c0KhjpUSTXACLcBGAs/s1600/chitamonchique.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-3k30sEUbpZ4/WmA4HFSx-hI/AAAAAAAAFBM/2y21WpvusEceSHqliy4to8c0KhjpUSTXACLcBGAs/s400/chitamonchique.jpg" width="400" height="208" data-original-width="497" data-original-height="258" /></a></div><br />
Adiante…<br />
<br />
<strong>Monchique</strong>. Pelas suas ruas íngremes, vai marius até ao Convento de Nossa Senhora do Desterro. Convento disse alguém, mas aquilo não é um convento é um galinheiro. Triste sina. Depois de quase lhe faltar o ar depara-lhe ruínas onde as paredes estão escoradas, onde os azulejos foram levados (inicialmente eram vendidos mas depois foi um fartar vilanagem), onde sempre que há eleições há promessas de recuperar o local mas, depois, essa vontade passa não fosse este um país adiado que, como diz o António Variações, «É p’rá amanhã». Salvaram-se as laranjas que lá marius comprou, como a provar que nos conventos é que os doces conventuais tinham razão de ser, com fruta assim!!!...<br />
<br />
<center><img src="https://4.bp.blogspot.com/-lkrb9JqFHNg/WmA4gcZmkjI/AAAAAAAAFBU/jnaqFbtc7Q0wGOtQZL3D9MIo6pqrEsyyACLcBGAs/s1600/convmonchique.jpg"> <img src="https://1.bp.blogspot.com/-1End6M_nnYk/WmA4kuBK8AI/AAAAAAAAFBY/4wwJsw-GbZ0PAohgd4tmS2qZbuUj6fjwwCLcBGAs/s1600/convmonchique1.jpg"></center><br />
Pára para um almoço retemperador em plena Serra de Monchique. A poucos metros uma figura castiça vai ganhando uns cobres colocando as turistas em cima do seu burrico. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-IltSFT4osRE/WmA3oyKLRXI/AAAAAAAAFBE/SHgw0F7wNUsn3xPQ8v7lLbjAezGCXXEogCLcBGAs/s1600/velhoeburro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-IltSFT4osRE/WmA3oyKLRXI/AAAAAAAAFBE/SHgw0F7wNUsn3xPQ8v7lLbjAezGCXXEogCLcBGAs/s400/velhoeburro.jpg" width="318" height="400" data-original-width="350" data-original-height="440" /></a></div><br />
Vai marius até ao pico mais alto da serra, <strong>Fóia</strong> (902m). Desfrutando de uma vista esplêndida, um pastor apascenta o seu rebanho em plena comunhão com a natureza. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-v1q4vMvZAhk/WmA5U7Q8RNI/AAAAAAAAFBk/K_SfbgWfJwsnMbdxtXky6XTB2RTUJP2NQCLcBGAs/s1600/foia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-v1q4vMvZAhk/WmA5U7Q8RNI/AAAAAAAAFBk/K_SfbgWfJwsnMbdxtXky6XTB2RTUJP2NQCLcBGAs/s1600/foia.jpg" data-original-width="400" data-original-height="580" /></a></div><br />
Marius desce a Serra, devagarinho como levando um pouco do sol que se vai escondendo naquela cordilheira.<br />
<br />
Fica para um “amanhã” a continuação desta delonga de um “romano” em terras Algarvias onde há pontes romanas que mudam os nomes aos rios. </div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-64459071065717688192006-07-23T04:27:00.000+01:002018-01-18T06:25:19.458+00:00... Pela Costa Vicentina<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/_zxgNzS7NRA?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify> Marius segue agora em direcção à <strong>Costa Vicentina</strong>. Vai <em>alcursar <font size=1>(1)</font></EM> terras que nunca viu, sentir a <em>abafura <font size=1>(2)</font></EM> própria das terras Alentejanas. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/--tOZzy1czx4/WmA9FNbiYpI/AAAAAAAAFB4/8-VZyepUERQ9cc8xkt3wZkJwQEq8AJvOACLcBGAs/s1600/alentejo.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/--tOZzy1czx4/WmA9FNbiYpI/AAAAAAAAFB4/8-VZyepUERQ9cc8xkt3wZkJwQEq8AJvOACLcBGAs/s1600/alentejo.gif" data-original-width="135" data-original-height="135" /></a></div><br />
Segue a caminho de <strong>Sines</strong>. Por várias vezes perto passou e assim resolveu conhecer a terra onde Vasco da Gama nasceu.<br />
<br />
Visita a <em>Ermida de Nossa Senhora das Salas</EM>, defronte ao porto de pesca. Caiada de um branco imaculado, só resta ver a fachada e andar pois, com as portas cerradas, não se pôde ver o Altar-mor em talha dourada com imagem de Nossa Senhora das Salas (século XVII), fica para uma próxima oportunidade. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-yoYHbeLjOTM/WmA9NJ9rsVI/AAAAAAAAFB8/v-tF0aWggJA9xjykiHtz_FawCBs0QBFpgCLcBGAs/s1600/ermidasines.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-yoYHbeLjOTM/WmA9NJ9rsVI/AAAAAAAAFB8/v-tF0aWggJA9xjykiHtz_FawCBs0QBFpgCLcBGAs/s1600/ermidasines.jpg" data-original-width="300" data-original-height="461" /></a></div><br />
Vai até ao castelo onde as suas muralhas continuam firmes e belas desfrutando-se das suas ameias uma vista geral sobre o mar, onde o sol faz cintilar as águas como se ali estivessem miríadas de estrelas. No seu interior nada mais resta do que um terreno devastado e, uma tenda enorme ali montada para que efeito nada dizia. <br />
<br />
Junto ao Castelo, Vasco da Gama “olha” o mar, velhos canhões ainda ali estão, mostrando um passado de guerras. Quase não é necessário dizer que os romanos foram os primeiros a fazer de Sines um centro portuário e industrial… ah, estes romanos!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-SWWjAQrJWqw/WmA9hWXsY9I/AAAAAAAAFCA/IcFM6ERBSt8FU9Cn5uVVW37FiRlcVzUAACLcBGAs/s1600/vascogama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-SWWjAQrJWqw/WmA9hWXsY9I/AAAAAAAAFCA/IcFM6ERBSt8FU9Cn5uVVW37FiRlcVzUAACLcBGAs/s1600/vascogama.jpg" data-original-width="500" data-original-height="732" /></a></div><br />
Numa Adega típica, a “dois” passos do castelo, marius deliciou-se com umas sardinhas assadas e com um bom vinho da casa.<br />
<br />
Do castelo desce à marginal e demanda a <strong>Porto Côvo</strong>. <br />
<br />
Terra cantada por Rui Veloso que “roía” uma laranja na falésia, Porto Côvo tem nas suas casas pintadas de azul e branco o «ex-libris» daquela vila alentejana. Depois foi a desilusão. Descendo até ao mar, ali só se encontra um local abandonado, maltratado, candeeiros partidos, o que resta de uma casa, que no passado deve ter servido para algo, agora serve para os dejectos de quem quer “aliviar-se” em alturas mais aflitivas. O cheiro a fénico polui o ar, no miradouro a placa que deveria servir para explicar, a quem visita, a fauna marítima da região encontra-se partida e ilegível.<br />
<br />
Ao longe a Ilha do Pessegueiro. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-L3ziUaDugqo/WmA9nimwifI/AAAAAAAAFCE/rqnXOefcacAcJKFcKYzGEuWBSEuJl7c_wCLcBGAs/s1600/ilhapessegueiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-L3ziUaDugqo/WmA9nimwifI/AAAAAAAAFCE/rqnXOefcacAcJKFcKYzGEuWBSEuJl7c_wCLcBGAs/s1600/ilhapessegueiro.jpg" data-original-width="349" data-original-height="441" /></a></div><br />
De volta à estrada, marius vai a caminho de <strong>V. N. Milfontes</strong>. Uma visita rápida ao castelo pois as suas ruas estreitas encontravam-se pejados de gente e carros que se dirigiam às suas praias. Será uma visita a fazer com mais tempo e fora da época estival.<br />
<br />
<strong>Odeceixe</strong> foi a próxima paragem. Já com um “pé” no Algarve Odeceixe tem no seu moinho o «ex-libris». Quando marius a visitou estava toda engalanada com as cores do brasão da vila e, nas paredes das casas, “quadros” com motivos marítimos. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-s8rQT9xve7o/WmA9s-RwV9I/AAAAAAAAFCI/-uWuziqB6Z4Za-K4QeRSDOB0oHhmIAcagCLcBGAs/s1600/odeceixe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-s8rQT9xve7o/WmA9s-RwV9I/AAAAAAAAFCI/-uWuziqB6Z4Za-K4QeRSDOB0oHhmIAcagCLcBGAs/s1600/odeceixe.jpg" data-original-width="300" data-original-height="468" /></a></div><br />
Depois de um breve passeio, irá mais tarde conhecer as suas praias, vai marius rumo ao Algarve onde, pela primeira vez, pisou as ruínas de uma casa romana.<br />
<br />
<br />
<font size=1>1 - Alcursar - ver, alcançar com a vista;<br />
2 - Abafura - calor abafadiço.</font></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2072718369399918788.post-79514056095612526852006-07-09T04:28:00.001+01:002018-01-18T06:37:11.289+00:00Do Norte...<iframe width="150" height="50" src="https://www.youtube.com/embed/NmDwD_2cYDA?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div align=justify> <em>Marius70 olha desolado para o que resta da memória de um povo. De norte a sul, exceptuando alguns locais onde o património histórico está vivo, ruínas, mato, escória e até um convento que hoje é um galinheiro, são o que restam do que outrora fora locais onde homens e mulheres se amaram, crianças brincaram e braços lutaram por um ideal, por uma parcela, por uma Pátria.</EM><br />
<br />
Marius segue através do Marão. Vai ver e sentir terras que nunca visitara mas sobre as quais escrevera. Estrabão fizera o mesmo, nunca tinha estado na Península Ibérica no entanto escreveu sobre ela.<br />
<br />
Desfiladeiros e paisagens maravilhosas estendiam-se sobre o seu olhar. Ao lado a Serra de Alvão. Em <strong>Murça</strong> vai ver a “porca” num pequeno largo ajardinado, instalada frente à Câmara, um belo edifício, e da Igreja paroquial.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-Z1yYB3IvxGA/WmBAGreN03I/AAAAAAAAFCU/YVwcT-8XVugNlPc7Eo_EpEcCdgP1b-cKwCLcBGAs/s1600/porcamurca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-Z1yYB3IvxGA/WmBAGreN03I/AAAAAAAAFCU/YVwcT-8XVugNlPc7Eo_EpEcCdgP1b-cKwCLcBGAs/s1600/porcamurca.jpg" data-original-width="500" data-original-height="228" /></a></div><br />
Pára em seguida em <strong>Mirandela</strong>. Marius admira aquela bela Ponte Velha, sobre o rio Tua. Passeia pelo jardim onde, à sombra das suas árvores, dava vontade de ali ficar, desfrutando o fresco do rio e o chilrear da passarada. Infelizmente o almoço não correspondeu à fama da gastronomia, outras alturas virão para apreciar o que de Mirandela tem de melhor neste aspecto, é só encontrar o local certo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-zitd-tABK0w/WmBANvlUBTI/AAAAAAAAFCY/p6I3OgobS-Mz8lfRwr4TZiyjLJnOtzDPQCLcBGAs/s1600/mirandelacidjardim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-zitd-tABK0w/WmBANvlUBTI/AAAAAAAAFCY/p6I3OgobS-Mz8lfRwr4TZiyjLJnOtzDPQCLcBGAs/s1600/mirandelacidjardim.jpg" data-original-width="500" data-original-height="250" /></a></div><br />
Sai a caminho de Bragança. O tempo começa a ficar abafado, aqui e ali, em pleno Marão, caem pequenas bátegas de chuva.<br />
<br />
Chega finalmente ao destino que se propusera quando se lançou à estrada, ver <strong>Bragança</strong>. Vai à zona histórica, a história está ali. O castelo bem conservado de onde se desfruta uma paisagem sobre a cidade, sobre a natureza, sobre os homens que, naquele castelo, davam as “boas-vindas” àqueles que pensavam que os bragançanos eram de pouca “estaleca”, engano deles e, por certo, sentiram na pele a valentia destes homens do nordeste transmontano.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-bzbvbMnaH5Y/WmBAXrX-UTI/AAAAAAAAFCc/m9etUKrWIkcFrs_rBuNyQe_sDiyBSMB5ACLcBGAs/s1600/castelobraganca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-bzbvbMnaH5Y/WmBAXrX-UTI/AAAAAAAAFCc/m9etUKrWIkcFrs_rBuNyQe_sDiyBSMB5ACLcBGAs/s1600/castelobraganca.jpg" data-original-width="298" data-original-height="424" /></a></div><br />
Marius entra na <em>Domus Municipalis</EM>. Senta-se e sente naquela pedra a história dos homens bons que ali debatiam em comunidade os destinos do povoado. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-eL_88frQFxY/WmBAdIKdBmI/AAAAAAAAFCg/VqY2o5cCZ5slRcbgjnN5d9zmwSpd5-pjwCLcBGAs/s1600/domus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-eL_88frQFxY/WmBAdIKdBmI/AAAAAAAAFCg/VqY2o5cCZ5slRcbgjnN5d9zmwSpd5-pjwCLcBGAs/s1600/domus.jpg" data-original-width="500" data-original-height="285" /></a></div><br />
Por momentos comunga com o passado e, ao sentir o frio daquelas paredes, lembra o calor dos tempos em que todo um povo fazia daquele local, daquelas ameias, daquela paisagem um modo de vida. <br />
<br />
Vai até ao centro da cidade. Uma cidade virada para o futuro sem esquecer o passado. <br />
<br />
Marius parte de novo para a estrada de regresso à terra que o viu nascer. Ao longe o ribombar dos trovões. Mais uns pingos de chuva a anunciarem o que estava para chegar. Já de noite, uma forte trovoada abate sobre Famalicão. Tinha chegado ao litoral a tempestade oriunda de Espanha. Como diz o povo: <em>«De Espanha nem bom vento… »</EM><br />
<br />
Marius irá continuar a viagem desta vez pela Costa Vicentina até aos Algarves onde as suas sandálias pisaram o solo outrora pisado pelos romanos…<br />
<br />
… e, os incêndios em Portugal, já começaram a matar.</div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1