Com o cavalo a trote, segue marius o caminho para Trás-os-Montes e Alto Douro. Marius conhece muito pouco desta zona do País. Está chegada a hora para conhecer um pouco mais. De certo que irá encontrar nestas suas deambulações, achegas de quem, por certo, não irá só acenar mas também contribuir para que seja mais conhecida a sua Região, os seus usos e costumes.
Em Arões, a caminho de Fafe, vê a pequena Igreja de S. Romão de Arões, românica e um belo cruzeiro.
Fafe é uma vila onde a arquitectura apresenta fortes marcas dos «brasileiros» de retorno ou «… de torna-viagens», que ali construíram residências apalaçadas, fábricas de têxteis e comércio. São assim os nossos emigrantes. Uma vida de sacrifício na «estranja» e depois voltam para engrandecer a terra de origem. Um bem-haja a estes nossos conterrâneos.
No monte de S. Ovídio existem as ruínas de um castro e ali foi encontrada uma estátua de um guerreiro galaico.
Em Cepães, ainda se mantém o tradicional jogo do pau.
Eis marius chegado à região de Basto. Encaixada nos vales do Rio Tâmega, a região oferece uma paisagem diferente onde, por razões orográficas e climáticas dão origem a culturas diversificadas como o são: - a vinha do enforcado, milho, forragens, oliveiras, laranjeiras, figueiras, cerejeiras, castanheiros. A comunidade agrícola fixou-se mercê da romanização da região.
Cabeceiras de Basto, é uma antiga povoação, tendo sido dado foral em 1510 por D. Manuel I. Além de casas solarengas e brasonadas de séculos XVII, XVIII e XIX, podemos ver a estátua do guerreiro galaico o «Basto».
Em Cavês esteve Camilo Castelo Branco e a Igreja Matriz faz parte de um dos seus romances e, como sempre, podemos apreciar várias pontes românicas sobre afluentes do Tâmego. Os romanos tiveram grande influência na Península como podem constatar através do que descrevo no Império Romano
Celorico de Basto, Condado e julgado medieval foi elevado a concelho com sede no Castelo Celorico (Castelo de Arnóia, castelo este mui antigo com torre de menagem). No tempo de D. João V a sede foi mudada para V. N. Freixieiro.
Continua-se a ver aqui e ali, resquícios de um passado que marcou profundamente a vida, os usos e os costumes de cada uma das nossas regiões. Cabe a cada município a contribuição para que os aspectos mais predominantes da nossa história não se percam. É difícil a pesquisa deste nosso Portugal. Em certos municípios, parece que estamos no tempo da pedra-lascada. Os sites correspondentes falam do presidente, dos eventos e daquilo que lhes dá votos, não falam daquilo que nos interessa (com raras excepções) … da história das terras do povo que os elegeu.