Vai marius por serras, montes e um rio serpenteia na paisagem, é o Douro. Aqui e ali, um coelho espreita
. O seu podengo e o seu cavalo lusitano
espantam-se com os barulhos da Primavera. Os pássaros
chilreiam, a água cristalina vai correndo nos ribeiros. Novas vidas nos covis, nos ninhos esperam ansiosamente pelos pais que lhes irão trazer nova ração. É assim a vida de quem sabe ser pais e não atiram os filhos para a valeta.
Macaduron, de origem árabe, "nasce" como Mogadouro para a nacionalidade portuguesa em 1272 com foral do Rei D. Afonso III. D. Dinis em 1279 concede a vila aos Templários mandados para as calendas pela Ordem de Cristo até que os Távoras, não sendo nem Templários nem da Ordem mas tendo poderio, impuseram-se, até que o Marquês de Pombal os perseguiu e aproveitando o terramoto em Lisboa mandou enterrar alguns vivos que sendo Távoras ainda melhor.
Enfim!... É um Portugal dos pequeninos este, ninguém respeita ninguém e quem se lixa é sempre o mexilhão, Mogadouro não mais voltou a ser o que era.

Desses tempos ainda restam a torre e ruínas do antigo castelo dionísico, perto do qual se pode ver o pelourinho, de fuste hexagonal e cabeça de quatro pontas.

A visitar: a Igreja Matriz, moradias brasonadas, o Convento de S. Francisco e que tal passar na ponte romana? É sempre um prazer passar por uma ponte por onde os romanos passaram e que resiste às intempéries e à passagem dos milénios!

Curioso é o “Monóptero” de S. Gonçalo na velha Quinta de Nogueira pertença dos Távoras, um exemplar barroco de grande raridade, sem função rigorosa atribuída, mas com banquinhos no seu interior nada melhor serviria do que passar ali os Távoras as suas tardes ouvindo o chilrear da passarada, digo eu!...
Subir à serra da Castanheira e admirar o lençol branco formado pelas flores das amendoeiras na Primavera ou até a Penas Roias para visitar o velho Castelo e a torre obra de Gualdim Pais, o panorama subjacente e visitar as pinturas rupestres «Fraga da Letra» é, com uma boa e posta de vitela a famosa «Posta Mirandesa», um bom passeio para quem teima ir para fora com tanta coisa bela cá dentro.
Freixo de Espada à Cinta, será anterior a Cristo, pré-romana como o atestam a arte rupestre pré-histórica, da qual o “cavalo de Mazouco” foi o primeiro sítio de arte rupestre paleolítica de ar livre descoberto no território português, e uma enorme quantidade de vestígios castrejos que ainda hoje podem ser apreciados nos seus devidos locais.
Seria um fidalgo Godo – Espadacinta – que aqui se bateu com bravura ou de um fidalgo leonês cujo brasão tinha um feixe e uma espada ou o próprio El-Rei D. Dinis (este Rei está em todas, não bastava ir a Odivelas… (Clicar Aqui) que encostara a sua espada a um freixo (que ainda existe junto ao Castelo) aquando da sua visita à terra a dar o nome a esta vila.
No início do século XVI era uma poderosa praça de guerra cercada de muros e dotada de três torres mestras, das quais actualmente só resta uma, facetada e heptagonal exemplar único na Península Ibérica: a denominada Torre do Galo ou do Relógio.
O pelourinho manuelinho, conservando ainda todas as ferragens no capitel, as suas fragas, a Igreja da Misericórdia, as amendoeiras em flor, a Fonte de Ménones, a Calçada de Alpagares, a Ponte Romana do Candedo, a Ribeira do Mosteiro, os seus trabalhos artesanais em seda (até 1791 Freixo possuiu 4 fábricas e 71 teares), e a paisagem magnifica que a região demarcada do Douro oferece ao visitante, é o suficiente para todos os anos este roteiro ser obrigatório.
O Mês de Abril vai lentamente chegando ao fim. Diz o povo:
Abril chove para os homens e Maio para as bestas.
Abril chuvoso, Maio Ventoso, fazem o ano formoso.
Abril e Maio são as chaves de todo o ano.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril mete a ovelha no covil.
Abril molhado, ano abastado.
Abril, águas mil, cabem todas num barril.
Abril, ora chora, ora ri.
Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.
As manhãs de Abril são boas de dormir.
Borreguinho de Abril, tomaras tu mil.
Em Abril abre a porta à vaca e deixa-a ir.
Em Abril cada pulga dá mil.
Em Abril queimou a velha, o carro e o carril; e uma cambada que ficou, em Maio a queimou.
Negócios no mês de Abril, só um é bom em mil.
Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
Velha sabedoria do povo que com o buraco de Ozono e as alterações climáticas dentro de alguns anos só fará parte da memória colectiva e nada mais.



Macaduron, de origem árabe, "nasce" como Mogadouro para a nacionalidade portuguesa em 1272 com foral do Rei D. Afonso III. D. Dinis em 1279 concede a vila aos Templários mandados para as calendas pela Ordem de Cristo até que os Távoras, não sendo nem Templários nem da Ordem mas tendo poderio, impuseram-se, até que o Marquês de Pombal os perseguiu e aproveitando o terramoto em Lisboa mandou enterrar alguns vivos que sendo Távoras ainda melhor.
Enfim!... É um Portugal dos pequeninos este, ninguém respeita ninguém e quem se lixa é sempre o mexilhão, Mogadouro não mais voltou a ser o que era.

Desses tempos ainda restam a torre e ruínas do antigo castelo dionísico, perto do qual se pode ver o pelourinho, de fuste hexagonal e cabeça de quatro pontas.

A visitar: a Igreja Matriz, moradias brasonadas, o Convento de S. Francisco e que tal passar na ponte romana? É sempre um prazer passar por uma ponte por onde os romanos passaram e que resiste às intempéries e à passagem dos milénios!

Curioso é o “Monóptero” de S. Gonçalo na velha Quinta de Nogueira pertença dos Távoras, um exemplar barroco de grande raridade, sem função rigorosa atribuída, mas com banquinhos no seu interior nada melhor serviria do que passar ali os Távoras as suas tardes ouvindo o chilrear da passarada, digo eu!...

Freixo de Espada à Cinta, será anterior a Cristo, pré-romana como o atestam a arte rupestre pré-histórica, da qual o “cavalo de Mazouco” foi o primeiro sítio de arte rupestre paleolítica de ar livre descoberto no território português, e uma enorme quantidade de vestígios castrejos que ainda hoje podem ser apreciados nos seus devidos locais.
Seria um fidalgo Godo – Espadacinta – que aqui se bateu com bravura ou de um fidalgo leonês cujo brasão tinha um feixe e uma espada ou o próprio El-Rei D. Dinis (este Rei está em todas, não bastava ir a Odivelas… (Clicar Aqui) que encostara a sua espada a um freixo (que ainda existe junto ao Castelo) aquando da sua visita à terra a dar o nome a esta vila.
No início do século XVI era uma poderosa praça de guerra cercada de muros e dotada de três torres mestras, das quais actualmente só resta uma, facetada e heptagonal exemplar único na Península Ibérica: a denominada Torre do Galo ou do Relógio.
O pelourinho manuelinho, conservando ainda todas as ferragens no capitel, as suas fragas, a Igreja da Misericórdia, as amendoeiras em flor, a Fonte de Ménones, a Calçada de Alpagares, a Ponte Romana do Candedo, a Ribeira do Mosteiro, os seus trabalhos artesanais em seda (até 1791 Freixo possuiu 4 fábricas e 71 teares), e a paisagem magnifica que a região demarcada do Douro oferece ao visitante, é o suficiente para todos os anos este roteiro ser obrigatório.
O Mês de Abril vai lentamente chegando ao fim. Diz o povo:
Abril chove para os homens e Maio para as bestas.
Abril chuvoso, Maio Ventoso, fazem o ano formoso.
Abril e Maio são as chaves de todo o ano.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril mete a ovelha no covil.
Abril molhado, ano abastado.
Abril, águas mil, cabem todas num barril.
Abril, ora chora, ora ri.
Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.
As manhãs de Abril são boas de dormir.
Borreguinho de Abril, tomaras tu mil.
Em Abril abre a porta à vaca e deixa-a ir.
Em Abril cada pulga dá mil.
Em Abril queimou a velha, o carro e o carril; e uma cambada que ficou, em Maio a queimou.
Negócios no mês de Abril, só um é bom em mil.
Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
Velha sabedoria do povo que com o buraco de Ozono e as alterações climáticas dentro de alguns anos só fará parte da memória colectiva e nada mais.